100nada

Acabo de o receber via email. O que significa que os desenhos do meu amigo Xerxes estão no circuito institucional…;)

E não é que a Hipatia (uma rapariguinha discreta) estava a partir a loicinha toda?
Pelos vistos passa-se um concurso de posts eróticos, estou inscrita e nem sabia e a culpa é da Duende…querem ver que também vou ter de escrever um?

Seria capaz de escrever durante o dia inteiro.
Mas guardo-te só para mim, pode ser? Só para nós.

(escusam de comentar…:p)

– Não sabes? Então eu faço-te as contas. Se a quantidade necessária e suficiente para um dia for um terço desse pacote de açucar e tu a comê-los assim, despejados directamente para a boca, mais os que metes nas bicas, por dia comes a quantidade de acuçar de um mês…num mês comes a quantidade de açucar de…num ano comes a quantidade de açucar de vinte anos, queres mais?

– Diz? Não oiço nada, tenho o ouvido entupido…

É engraçado. Há blogs que conhecemos o nome, vemos as referências até nos que gostamos muito e, por qualquer razão (mais logo ou assim), não clicamos no link…e no minuto em que finalmente os abrimos (e ficamos vermelhos de vergonha porque até lá estamos nos favoritos e nem demos por nada) lemos duas linhas e

e pensamos, porra, mas que coisa: estava aqui este blog e como é que eu não o conhecia? E damos estalos em nós mesmos, antes de desatarmos a ler tudo, pelos arquivos fora até à última palavrinha, quando recomeçamos outra vez, não vá ter faltado alguma coisa ou pelo simples prazer de ler.

Há favoritos mais favoritos que outros. O Controversa Maresia para mim é um desses. Sou completa e irremediávelmente viciada no que a Vieira do Mar escreve. Porque a Vieira escreve muito bem, porque escreve posts enormes e no fim de os ler uma pessoa pensa só isto? quero mais!, coisa que é tão rara, porque me identifico com o conteúdo, porque me rio perdida com a forma…quando leio o que a Vieira escreve, sinto-me como se estivesse sentada a conversar numa esplanada, talvez com um gin tónico à frente, muito gelo e limão, a olhar de esguelha para os músculos de uns tipos que entretanto passam por ali a remar à beira rio…e podemos contar as histórias dos miúdos ou discutir política ou tecer considerações sobre os referidos rapazes…ou qualquer outra coisa: é que gajas inteligentes que se riem da vida não é coisa que ande por aí aos pontapés. Quando se encontra uma como a Vieira, guarda-se muito bem guardadinha. E fica-se sempre com a sensação que, daqui a uns anos, depois dos blogs e dos netos, nos vamos sempre encontrar, talvez a chás e bengalas nessa altura, mas sempre com o brilho de um piscar de olhos a todas as coisas chatas da vida.

Muitos parabéns (atrasados) por um ano de blog.

Querida, as pics seguem depois por email…;)

Continuo surda. Descobri que é bestial, esta história de ouvir muito pouco do ruido do mundo. Só oiço aquilo que quero ouvir (sempre fui assim, mas agora tenho uma desculpa credível).

tem melhor vista que S. Bento…

um sorriso que se pensava desaparecido.

Há poucos (pouquíssimos) blogs cujos autores tenham defeitos.
No entanto, são esses os meus preferidos.

Oiço-me a respirar. Com os ouvidos quase entupidos, oiço-me a respirar. O ar, entrar-intervalo-sair-entrar-intervalo-sair-entrar-intervalo-sair. Ao longe, algum ruído do mundo, mas dentro, sempre a respiração, seguida, monótona, repetitiva. O meu cérebro desligado da realidade com a ventania que lá se ouve dentro. Quase me apetece deixar de respirar, para não ter de continuar a ouvir o corpo a esforçar-se por sobreviver.