(há dias contei esta história a uma amiga com quem fui lanchar)
Uma das minhas maiores amigas vive em Macau. É minha afilhada de casamento, sou a madrinha desnaturada do segundo filho e nunca me hei-de esquecer da forma como me disse: ‘só tenho uma irmã, Catarina, e já é madrinha do mais velho’…
…vemo-nos uma vez por ano, se tanto. Uma das últimas vezes, combinámos que ela ia lá a casa, dessa vez um intervalo de dois anos.
Tocou à porta, eu abri e ela disse:
– Olha lá, deixei o carro em frente do portão do teu vizinho, achas que ele se vai aborrecer?
E eu respondi, se fosse a ti, ia lá tirá-lo.
Desatámos as duas a rir, ela foi tirar o carro, eu fiquei no portão a ver e só depois é que demos um abraço, ainda a rir (ai filha, estás na mesma!).
Lembrei-me disto agora porque, cada vez que tu regressas, é como se nunca te tivesses ido embora.