100nada

Quando o tempo não conta

(há dias contei esta história a uma amiga com quem fui lanchar)

Uma das minhas maiores amigas vive em Macau. É minha afilhada de casamento, sou a madrinha desnaturada do segundo filho e nunca me hei-de esquecer da forma como me disse: ‘só tenho uma irmã, Catarina, e já é madrinha do mais velho’…

…vemo-nos uma vez por ano, se tanto. Uma das últimas vezes, combinámos que ela ia lá a casa, dessa vez um intervalo de dois anos.
Tocou à porta, eu abri e ela disse:

– Olha lá, deixei o carro em frente do portão do teu vizinho, achas que ele se vai aborrecer?

E eu respondi, se fosse a ti, ia lá tirá-lo.

Desatámos as duas a rir, ela foi tirar o carro, eu fiquei no portão a ver e só depois é que demos um abraço, ainda a rir (ai filha, estás na mesma!).

Lembrei-me disto agora porque, cada vez que tu regressas, é como se nunca te tivesses ido embora.

0 thoughts on “Quando o tempo não conta

  1. carlos

    Na amizade não há tempo nem distância. Quem chega é como se tivesse voltado de ir tomar cafá. Xicoração.

  2. catarina

    Muito bom, Caterina. :)
    Mas é como diz o Carlos, na amizada não há tempo nem distância.

    Noite, já pensei várias vezes que vocês até se devem conhecer…:DDD
    Pois, tu estás do lado de lá. :)

    Pois é, Nelson, mas bem podia agora ficar mais uns tempos…