Não é hora de posts, mas eu estou irritada. E quando estou irritada, perco o apetite e tenho ali o jantar à espera. De forma que vai já disto, seco e direito ao assunto.
Anda por aí um sururu de blogs mamãs que isto e aquilo e ai as polémicas e ai que coisa e que grande desgraça e um grande apontar de dedos, mas sempre muito vagamente, sempre muito eu não quero falar nisto mas, sempre muito escondido nas caixas de comentários, sempre muito em meias palavras que não quero que sobre para o meu lado e tal. Olhem, desculpem lá, mas estou farta disso.
Minhas senhoras: as senhoras, independentemente de serem mães, tias, avós, irmãs ou o que quer que seja de quem quer que seja, porque toda a gente é qualquer coisa assim e não há aqui estatutos especiais, vamos lá a ver se ligam os (aparentemente parcos) neurónios e se dão o benefício da dúvida às pessoas que fecharam ou apagaram babyblogs: essas pessoas têm cabecinhas onde existem neurónios e sinapses, pensamentos e reflexões e, a dada altura, todos esses processos resultam numa coisa que se chama decisão. E uma decisão é uma coisa à qual um adulto tem direito. Não precisa que decidam por ele.
Cada vez que alguém disser que este ou aquele blog fechou por causa de uma polémica ou de outro factor externo qualquer, retira o discernimento e a capacidade de decisão ao seu autor. Evidentemente há coisas que nos podem deixar a pensar, a reflectir, é bom, é saudável, crescemos. Mas no fim, quem decide somos nós.
E antes que apareça por aí alguém na surra a apontar o dedinho para mim e a dizer que estou de consciência pesada pelo meu post sobre as pics nos blogs e coisas afins, informo que me estou totalmente borrifando, absolutamente nas tintas. Tive feedback suficiente de gente que conhece a net e os seus perigos muito melhor do que eu ou do que avestruzes que comparam os perigos que aqui existem com a probabilidade de sairmos à rua e nos cair em cima um vaso de flores que vacilava numa varanda. Quem prefere não saber como é o mundo e fazer de conta que é tudo lindo e côr-de-rosa, paciência, azar, problema nem é meu!
Agora que leia coisas por aqui e por ali e fique com a sensação que, por muito boa intenção que se tenha, aquilo que está por trás de alguns comentários é a ideia de que as pessoas que fecham blogs são umas tontarecas marias vão com as outras, sem qualquer discernimento e capacidade de pensarem por si mesmas, isso é que não. É que tenho muito respeito por elas e pelas respectivas inteligências.
Vou jantar.