100nada

TheOldMan – dois anos

Dois anos de Igreja de Imaculado Blog é muito pombo. Não imaginavas chegar até aqui, hein? Um gajo abre um blog e, quando dá por ele, passaram dois anos. Pelo caminho ficam muitas gargalhadas e algumas (eu não digo lágrimas, mas uns nós na garganta) de textos. Fica também a alegria de saber que isto te obrigou (obrigou?) a escrever. Um Escritor não deve deixar de escrever.

Parabéns, . Este post vai assim meio tosco, que um gajo atrofia quando está a escrever sobre um dos melhores amigos.


Há uma ou outra altura da vida (embora muito raramente) em que uma pessoa tropeça noutra pessoa. Não se sabe muito bem o que acontece nessa altura: mas acontece qualquer coisa. Algures, na andrômeda de Ipsisvardien ou assim, um brizontazium (trata-se de uma criatura verde com antenas, na nossa simplista percepção, embora não seja verde nem tenha antenas nenhumas), chateado porque não se passa nada na tvcabo local (a tvcabo tem a mesma qualidade de emissão, seja em que parte do universo fôr) , vai dar um passeio e bate com uma das garras numa pedra. A coisa enfia-se entre as unhas e ele, ainda mais chateado, agora na pedra (não é bem uma pedra, é um bocado de materia desconhecida na Terra mas para efeitos de texto, chamemos-lhe pedra) e atira-a para um lago de lumpsa que está ali perto. Na lumpsa aparece um círculo onde cai a pedra, depois outro mais longe, depois outro e, nesse preciso momento, a biliões de anos-luz, há duas pessoas que tropeçam uma na outra. Na fila do pão ou num forum de caracter generalista, tanto faz.


Eu hoje acordei agora (*)

E daqui a nada (são umas horas mas eu estou muuuuuuuuuuuuito lentinha e lerdinha)


na Fnac Chiado que fica a quilómetros e quilómetros para ver a apresentação do (juro que agora o que eu queria era metia a imagem e clicava-se na imagem e ia-se directo à Rititi)

mas estou há uns bons vinte minutos a lutar com este post, os meus neurónios, uma valente dor de cabeça (foi do sol nos olhos às oito da manhã), não tenho gurosan aqui por perto, isto está uma grande desgraça…

* copyright Charlotte que apresenta o livro

Ai!!!!!!! O que é que eu faço???


Sem saber bem

Assim sem saber bem e o tempo a passar, um tipo a ficar. Não é perdido, este tempo, é passado. Podia agora dizer passei horas a ler o mesmo blog, podia e digo, passei horas a ler/reler o mesmo blog e este tempo passado, não perdido, ganhei-o afinal, podia e digo, este tempo ganhei-o afinal (lisssssen verry carrefully, i shall say this only once).
Um tipo às vezes pensa onde é que estava (onde é que estavas no vinte e cinco de abril?) quando noutros lados estavam outros tipos; um tipo às vezes descreve-se como ‘um tipo’, porque não lhe apetece que estas coisas sofram de gender: mas também não lhe apetece escrever ‘uma pessoa’ porque uma pessoa pode ser uma pessoa qualquer e um tipo, que raio! Um tipo é um tipo, é diferente, é personalizado. Para que é que estou a explicar estas coisas? Um tipo é um tipo e tem um blog e o blog até é dele…e com tanta explicação um tipo até já parece uma gaja, perdida nos entretantos das conversas (monólogos, filha, quais conversas? Isto é um blog, filha, trata-se de um blogólogo, assim hás-de ir longe como ‘um tipo’ com tanto crochet e tanto atalho que não leva a parte alguma). As gajas perdem-se sempre nos entretantos das conversas (e chamam conversas aos monólogos) e nunca chegam a parte alguma; coloque-se a gaja na pele do um tipo e siga, mas é. Mas onde estava ele, esse um tipo afinal, que se perdeu entretanto? Ah! No lado de lá do outro lado de outros tipos, é isso – se fosse o lado de lá do outro lado era o lado de cá, filha, importas-te de ser mais concisa e precisa? É que estás a dar mau nome aos uns tipos todos que se prezam; ok ok, um tipo está então num lado e (perguntei onde é que estava? Mas que interessa isso? O que interessa é que) estão outros tipos noutro lado. Um tipo num lado, outros tipos noutro lado. É isso. É assim a vida. (tinhas de escrever uma conclusão de gaja não era? Assim não vais lá.)



Porque é que eu vou votar no 'não'

Porque não estou para me dar ao trabalho de saber que raio votaria eu se votasse ‘sim’. Ora aqui está um excelente exemplo de cidadania, interesse pelo futuro do país, do continente e do planeta, eu sei. Mas quero mais é que não me chateiem.

Quando escrevi ‘futuro do país’ ia continuar ‘por mim podem vender tudo aos hermanos que é capaz de ficar mais bem gerido’ mas depois isso podia considerar-se uma atitude europeísta e eu acabei de dizer que votava no ‘não’…ó diabo…então se calhar é ‘sim’, agora estou indecisa…


Desordem

O blog é meu, não tenho que explicar coisa nenhuma. Os blogs que estão na coluna da direita (sem grande ordem, até misturei uns ao calhas que me enervam ordens, qualquer que seja o critério e me chateia o politicamente correcto alfabético) não são todos os que leio. Mas são todos aqueles que, se a minha lista de actualizados for ao ar, eu irei espreitar em vez de esperar (rima e tudo).
Afinal expliquei tudico, sou mesmo linda!



Dia da Criança

Para mim são todos.

“O mundo, visto pelos olhos das crianças, é como se estivesse permanentemente a nascer: nos frutos, nos caules minúsculos das ervas, nas folhas das oliveiras, nos círculos desenhados à mão em ramos cortados em Outubro, nos ocres da terra lavrada, no arame das vinhas, no voo das aves, na água dos tanques. E é como se a cada instante se renovasse, como se nascesse de novo pela primeira vez quando as manhãs avançam até ao azul das cumeadas que se erguem na distância. E é como se tudo isso não tivesse nome. Ainda não tivesse nome.”

jcb, Casa de Cacela