(quantos milhares de posts terão sido escritos com este título?)
Ora bem. Papei metade de um telejornal e mais o princípio de outro, um bocado do carnaval na tv globo ou outro qualquer canal cabo brasileiro, uma série cómica muito merdosa na sic mulher, um bocado de série estúpida na sic comédia, ainda vi dois telediscos nem sei bem em que canal e finalmente lembrei-me que detesto televisão. Acabei o ovo estrelado e ainda enfardei mais um pão com manteiga e batatas fritas de pacote dentro, bebi um café, desliguei aquela porra e liguei esta, à espera que avarie outra vez, com aqueles ruídos de arranque de qualquer coisa que está dentro da caixa e não está de todo nos conformes. Passei cinco minutos em meia dúzia de blogs ao calhas e cheguei à conclusão que só me apetece vomitar a boniteza da escrita estruturada. Ou a estrutura da escrita abonitada. Ou a escrita estruturadamente bonitinha. Ou então era do ovo, o prazo de validade termina daqui a menos de três horas.
Gostei de comer um ovo estrelado com prazo quase acabado e ver ao mesmo tempo o alastrar da gripe das aves aos gatos que caçam bichos doentes. Depois os cães caçam os gatos e mordem pessoas e depois, não se sabe muito bem como, morremos todos. Mas enquanto folgam as costas, vou ali deitar os ovos fora e, já agora, uma embalagem de pato que não tive coragem de cozinhar. Ao menos, sabemos se congelando a carne antes, a gripe desaparece? Provavelmente sabemos, ou melhor, eu não, mas sim, sabe-se, deve ser não, não desaparece. Também a pergunta é retórica já que nem este blog tem lugar para resposta nem tampouco tem leitores. Com esta qualidade toda, não admira, mas antes isto que a escritinha boniteza que me enjoa (e o prazo dessa gente, não termina? Não, claro que não, enquanto a arrogância dos medíocres fôr a moeda de troca desta merda toda).
Estamos bem dispostos, pois estamos; e então?
(adenda: e depois atirei umas revistas já lidas para o lado: cairam ao chão – eu eu, oh que se foda! ainda lá estão.)
(28.02.06)