100nada

Ainda não chegámos ali

mas vamos (eu e a horta) no bom caminho. :)

(adenda: estamos (eu e a horta) é separados por alguns km, coisa que me dispõe sempre menos bem quando regresso; considerem-se, pois, devidamente osculados pelos amáveis comentários, os meus agradecimentos e assim fiquemos por hoje)

(outra adenda: estão mais ou menos em escala 1:1 (ou lá como é que se diz) com a imagem, mas já com mini bolinhas cor de rosa por baixo das folhas e tudo!)




Zapping

(quantos milhares de posts terão sido escritos com este título?)

Ora bem. Papei metade de um telejornal e mais o princípio de outro, um bocado do carnaval na tv globo ou outro qualquer canal cabo brasileiro, uma série cómica muito merdosa na sic mulher, um bocado de série estúpida na sic comédia, ainda vi dois telediscos nem sei bem em que canal e finalmente lembrei-me que detesto televisão. Acabei o ovo estrelado e ainda enfardei mais um pão com manteiga e batatas fritas de pacote dentro, bebi um café, desliguei aquela porra e liguei esta, à espera que avarie outra vez, com aqueles ruídos de arranque de qualquer coisa que está dentro da caixa e não está de todo nos conformes. Passei cinco minutos em meia dúzia de blogs ao calhas e cheguei à conclusão que só me apetece vomitar a boniteza da escrita estruturada. Ou a estrutura da escrita abonitada. Ou a escrita estruturadamente bonitinha. Ou então era do ovo, o prazo de validade termina daqui a menos de três horas.

Gostei de comer um ovo estrelado com prazo quase acabado e ver ao mesmo tempo o alastrar da gripe das aves aos gatos que caçam bichos doentes. Depois os cães caçam os gatos e mordem pessoas e depois, não se sabe muito bem como, morremos todos. Mas enquanto folgam as costas, vou ali deitar os ovos fora e, já agora, uma embalagem de pato que não tive coragem de cozinhar. Ao menos, sabemos se congelando a carne antes, a gripe desaparece? Provavelmente sabemos, ou melhor, eu não, mas sim, sabe-se, deve ser não, não desaparece. Também a pergunta é retórica já que nem este blog tem lugar para resposta nem tampouco tem leitores. Com esta qualidade toda, não admira, mas antes isto que a escritinha boniteza que me enjoa (e o prazo dessa gente, não termina? Não, claro que não, enquanto a arrogância dos medíocres fôr a moeda de troca desta merda toda).

Estamos bem dispostos, pois estamos; e então?

(adenda: e depois atirei umas revistas já lidas para o lado: cairam ao chão – eu eu, oh que se foda! ainda lá estão.)

(28.02.06)


Em resposta

àquela original pergunta (quem somos? para onde vamos? qual é a finalidade do universo?) sobre a utilidade de um blog e variando da já clássica pívia literária de janela (e perna se fôr caso disso) escancarada, ocorreu-me hoje (numa fila de trânsito a descer a Calouste Gulbenkian) que um blog serve para (literariamente, claro!) coçar o grelo/os tomates [riscar o que não interessa].

(19.02.06)


No elevador

Não me interrompas agora! Senão não te consigo contar tudo como deve ser se te pões com perguntas! Se queres saber a história mesmo ouve e nem digas nada! diz uma das raparigas para a outra. De repente, nota que eu não sou transparente e prossegue: então a coisa como eu te estava a dizer da coisa que se passou com essa pessoa e a outra que eu já te tinha dito não sei se percebes, aquilo que te contei sabes? e esse facto e mais aquilo com a outra pessoa e a coisa e é tudo complicado e as pessoas envolvidas e isso, sabes como é…

Não percebi nada. A amiga aposto que também não.

(18.02.06)


"O espaço azul por entre as nuvens"

Porque é que me lembrei de Cosey e da BD abaixo? Ontem aconteceu que fumei um cigarro lá fora e só dei pela ausência de som quando o sistema de rega mal regulado, que estava a atirar água para o chão, se desligou. Passou a um grande silêncio e consegui olhar para o céu. Lembrei-me então que tinha visto, umas horas antes, a lua a nascer, muito amarela, num céu limpo (e um barco muito escuro, que se confundia com a água: só o mastro estava iluminado com várias cores – que estranho! – e parecia que as luzes se movimentavam muito depressa sobre a água sem qualquer apoio).
Àquela hora, mais tardia, a lua tinha mudado de côr e ia já mais alta, num céu muito carregado: o espaço branco por entre as nuvens e esse buraco luminoso lembrou-me o quadro que dá o nome a essa história ilustrada em post anterior.

(18.02.06)



T9

O telemóvel tinha um problema com a letra ‘T‘. Ou se carregava com força ou não aparecia e desconfigurava as palavras todas. Cada vez que escrevia a palavra ‘também‘ e não carregava com força suficiente, o T9 devolvia-lhe a palavra ‘amado‘.
Tinha tudo a ver.

(18.02.06)