Os olhos pra obras
Neste momento, milhares de microscópicos trolhas estão pendurados em microscópicos andaimes, todos com a finalidade de pintar os meus olhos de vermelho. À falta de tinta, fazem buraquinhos na parede (aquela que em tempos que já lá vão, i.e. hoje de manhã, foi branca) e usam o líquido que escorre. Tudo isto a nível celular ou o raio que seja, o que é certo é que estou com um olhar baskervillado…interessante cor, fora de vulgar, mas a parte das picaretas dói-me é a mim. Creio que, com o passar das horas, vai piorar, de forma que não tarda vou comprar outro par de lentes de contacto (ah, pois, que eu sou pitosga; mas os meus óculos são dedicados a momentos da mais absoluta intimidade do lar, quase mais privados que a cor das minhas cuecas, que toda a gente a esta hora já sabe qual é – um conhecimento abstrato, evidentemente).
É nestas horas de sofrimento que repenso seriamente em colocar as minhas córneas sob a faca laser. Assim como assim, ao menos sempre é com anestesia…
Tenho eu o mesmo problema cara amiga. Mas o nome da operação a que me submeteria “raspagem da córnea” assusta qualquer um, não?
Pois é…eu sei que é muito seguro e tudo, já fiz até exames para saber se no meu caso pode ser feito, tudo ok, mas…mas…não me tem apetecido lá muito…