O Natal dos amigos
Quando se olha por cima do ombro, o que se vê atrás é um passado de figuras.
Quase todas pouco nítidas.
Creio que, com o passar dos anos, estas menos nítidas se vão apagando até desaparecerem.
Em compensação, aquelas que se conseguem ver, vão ficando cada vez mais claras.
Uma noite por ano, ao redor de uma enorme mesa redonda, há pessoas que têm a sorte de poder estar com todas essas figuras que passam o resto do tempo sempre connosco: os nossos amigos.
Para os meus amigos: o texto que vos escrevi há uns anos, o prólogo do único ‘livro’ que até agora ‘editei’.
Não há nada a acrescentar.
—
Amigos. Uma palavra simples. Onde cabe tudo.
Uma caixa de surpresas, o melhor presente.
Dentro dessa caixa, tudo misturado.
Tempo.
Memórias.
Dias felizes e dias tristes
Gargalhadas e lágrimas
Palavras duras e abraços.
Zangas e reconciliações.
Conversas que nunca acabam.
Segredos partilhados.
Palavras silenciosas que conseguimos ouvir.
No final o balanço.
Estamos todos aqui.
Os ficaram de antes.
Os que chegaram depois e foram ficando.
Os que foram embora mas ainda cá estão.
Obrigada. Não sei bem se se agradece ou a quem, mas sei o que é importante:
os meus amigos.
catarina
Obrigada Catarina.
De quem, não fazendo parte dos amigos a quem dirigiu essas palavras, se sente um pouco próxima de si, por todas as outras palavras suas que tem lido, porque você decidiu dar-nos o previlégio de connosco as partilhar.
Um abraço e um Bom Natal para si.
Mar, eu é que agradeço.
Um Bom Natal também para si.