Ser mãe – o lado de cá
A Rititi meteu um post sobre a maternidade das chatas (os termos são meus e eu adorei o post dela, atenção!). E como é um tema que me agrada e antes que lhe encha o blog de comentários, o melhor é debitar a coisa aqui.
Eu percebo perfeitamente. Antes de ser mãe, achava as gajas todas que eram mães umas chatas de galochas. Não havia a mais pequena paciência para aquilo, para as conversas, as discussões, a concorrência feroz (o meu já anda, ah mas o meu tem quatro dentes, mas o meu já fala e o lado negativo, pior ainda, o quê, o teu ainda não fala? ah mas o meu com essa idade já dizia imensa coisa, o teu não tem dentes? já o levaste ao pediatra? olha que isso não é normal, tu dás sopas com sal??? mas isso faz imenso mal! iadaiaidaiadaiada) entre as mães, a mostra das roupas novas (olha o que eu comprei para a não sei quantas, o xiripiti, não achas o máximo? são uns babetes à prova de bala, reforçados com amianto, como o amianto é proibido? tás parva, isto é da marca xpto, eles só fazem coisas bestiais para as crianças e iadaiadaiadaiada), enfim, todas as secas que apanhei e foram muitas mesmo, já que fui mãe depois de ter idade para ter juízo, ainda tendo que apanhar com todas as piadas de tias, avós, primas e quejiandos, sobre a falta de filhos, o tempo e os relógios biológicos, a ameaça imensa do ainda ficas para tia até chegar à altura em que fiquei para tia e o mundo exterior, abanando a cabeça (esta não tem nem vai ter nunca juízo nenhum), desistiu de me tentar convencer que ter filhos era uma obrigação, o destino das mulheres e nada mais havia senão parir e criar criancinhas para a felicidade plena. Fiquei para tia, continuei sem juízo e vivi todos os copos, noites em branco, esplanadas de madrugada, dias a trabalhar com directas em cima, amigos e fins de semana marados e viagens e idas e vindas e namorados e maluqueiras e bebedeiras e vómitos e entradas em casa de gatas e guiar a ver quatro estradas, enfim, acho que fiz tudo o que me deu na cabeça, me apeteceu e que achei bem ou achei mal, mas fiz à mesma.
E depois tive um filho.
Que a maternidade muda as pessoas é dizer pouco. Não há nada que mude tanto uma pessoa. Muda mesmo, é assim, nada a fazer. Não me falem em hormonas ou instintos ou o caneco: se calhar é só mesmo uma glândulazinha que nos faz ficar assim, talvez. É uma explicação simplista, fácil de aceitar, uma boa desculpa. É sempre fácil arranjar boas desculpas, mas eu recuso-me a aceitá-las, a desculpar-me com o instinto, com a falta de tempo que a vida de mãe traz, com tudo isso que sim, existe, mas não é só e não é isso. Há coisas para as quais não vale a pena inventar razões e o amor é uma delas. Acontece. Toda a gente sabe o que é uma paixão, não é preciso explicar o que é, toda a gente aceita que as pessoas se apaixonem, que o objecto da paixão e do amor passe a ser prioritário, que se tente estar com aquela pessoa o tempo possível e o impossível. Ter um filho é isso e muito mais. É não só apaixonarmo-nos por um ser humano, total, irreversível e perdidamente, como sermos correspondidos com um amor absolutamente absurdo, carente, dependente, fixo em nós, com antenas, com ciúmes, com garras que não largam. Há quem diga que não nos apaixonamos por alguém em concreto, por qualidades escolhidas ou defeitos que não queremos, mas pelo amor em si (provavelmente por isso é que tantas vezes dá para o torto). No caso de um filho, talvez seja um pouco assim, não sei. O que sei é que é um amor completamente diferente de todos os que senti durante a minha vida. É um amor que não se quer para nós, mas para eles, para os objectos do nosso amor: é querer tudo para aquela pessoa pequena. É esquecermo-nos de nós, porque aquele amor é maior que nós. E é isso que nos muda a maneira de ser, o egoísmo intrínseco de todos os seres humanos. É isso que muda, que nos muda, deixamos de ser tão egoístas, tão centrados em nós, no nosso bem estar, na nossa vidinha. Não ficamos melhores pessoas que as outras: ficamos melhores do que éramos. Eu pelo menos fiquei. E claro, com isso vem o resto: tornamo-nos umas chatas que não sabem falar de outra coisa.
- Eu hoje acordei assim (*)
- Antes que me esqueça
Posso aplaudir?
Beijo, Xerxes.
Eu aplaudo, concordo, confirmo e subscrevo.
A maternidade quanto a mim não muda as pessoas, as pessoas é que passam a ser mais gente, e isso não é bom nem mau, é o que as pessoas passam a ser afinal. E isso, continuo a achar, não as torna nem melhores nem piores do que eram, torna-as apenas maiores.
Mas a questão é que, leio e não discordo nem de uma vírgula do teu post Catarina. Só tu, só um texto destes para expor as minhas contradições
Ah, e onde se lê “maternidade” aqui em cima pode-se ler “paternidade” (era só para não haver mal-entendidos)
Concordo em absoluto, mas o que para mim é giro, sobre esse amor filial, é que quando ele é duplicado (ou tri ou quadri…), ele é diferente, embora se mantenha idêntico na essência.
Eu amo os meus filhos de forma diferente com um amor diferente, por muito que isso me tivesse custado a aceitar, pois achava que seria injusto, mas agora que estou menos chata, já não acho.
Eu também já estou menos chata. E também tenho um amor diferente pelos meus dois filhos e acho até que ele é diferente por eles serem dois (é mais sereno), mas já falei disso.
O que é extraordinário é aquele amor incondicional e dedicado de que tu falas.
Pois eu calculo que sim, Zu.
Eufigénio: talvez ‘melhores’ seja assumir demais, admito. Há um caminho para o ‘ser melhor’ (no sentido de se ser melhor pessoa hoje do que se foi ontem) que uma pessoa pensa ou gostaria de pensar que percorre ao longo da vida: uma espécie de busca de maior perfeição nas coisas em que sabemos que falhamos, ou qualquer coisa assim. Ser ‘maior’ do que se foi na véspera é, penso eu, parte desse caminho, talvez seja melhor termo e ser melhor seja arrogância minha.
Vanus e susana, não sei como é, esse amor diferente, mas acredito que seja assim: nem vejo que pudesse ser de outra forma.
Mentira…, estava aqui a pensar e de facto há duas coisas neles que me fazem sentir exactamente o mesmo amor, sem distinção, é quando os vejo rir, felizes, ou quando os vejo chorar. Aí não os diferencio como duas pessoas. Talvez seja isso o amor, não sei
Deus me livre se te estava a chamar arrogante. O pior é que explicaste tão bem o que eu queria dizer que agora fico baralhado. Achas que te estava a chamar arrogante ?
Eu acho que ficamos melhores, sim. Porque menos egoístas, mais descentrados de nós próprios. Talvez também porque descobrimos como se pode ser feliz de uma forma diferente. Não é arrogante sentir-se isso, acho eu, é uma questão de olharmos para nós próprios ao espelho da alma. Eu sou uma melhor pessoa desde que sou mãe – não quer dizer que seja óptima, fantástica, ou melhor do que os outros. Apenas melhor do que a pessoa que era antes de ser mãe. Não acho que seja maior, a não ser no tamanho do coração (e nos quilitos a mais que a maternidade também trouxe, mas não era desse tamanho que se falava aqui ;)).
Quem falou em arrogância, fui eu, atenção. Claro que não achei, Eufigénio.
Vanus, não faço ideia, mas admito que sim.
Zu, é isso (tirando que eu fiquei mais magra ainda. :))
Lá estou eu a sair dos eixos (e ainda por cima a esta hora imprópria), mas insisto, quando ficamos mais descentrados de nós próprios (Zu) não estamos aí a recentrar-nos entre nós e os nossos filhos. E isso faz-nos estar mais próximos de alguém para além deles? E isso não nos faz algumas vezes sentir até mais longe dos outros todos? Não insinuo um maior egoísmo aqui, mas não acho que esteja menos egoísmo também.
(não requer resposta e prometo que não insisto mais no meu ponto de vista …rs)
Que mais posso dizer para além de que tudo o que dizes (dizem – a querida Zu também) é o que sinto. A 200%.
Beijinhos mimados.
E a aura que toma conta de nós, o sorriso parvo, sempre… Acho que até ficamos mais bonitas.
Como tive uma insónia que durou entre as quatro e a seis e meia da manhã, ainda vim ler isto e fiquei a pensar um bocado na parte do egoísmo do Eufigénio: é certo, centramo-nos nos filhos, isso é uma forma de egoísmo, de redoma e talvez nos faça mais longe dos outros. Mas o amor é que é maior e espalha-se também para o lado dos outros. Pelo menos é o que eu sinto, que abrango mais o mundo, de uma certa maneira.
Depois lembrem-me de escrever qualquer coisa sobre essa história do ser melhor como pessoa, do querer ser melhor: é que do que leio parece ser uma coisa má e não acho nada que seja. Penso que vivemos numa época consumista até nos valores: é aceitável e desejável que se seja sempre melhor em coisas palpáveis como a profissão, a carreira, a cultura, o conhecimento, essas coisas todas que constroem uma pessoa: mas nas coisas simples como o tentar ser melhor ser humano, há muita gente a achar que é uma arrogância dos diabos. Não entendo isso mas se escrever talvez entenda melhor.
Bom dia a todos!
Catarina,
Entao vamos lá ver se a gente se entende. Ser melhor pessoa é bom. Pois é. A compaixao, a caridade, o amor fraternal, o perdao sao invocados por todas a religoes do mundo como caminhos a seguir para chegar à santidade.
Agora, uma mulher é melhor que as outras SÓ porque é mae? Está bem abelha. É este o ponto, estás a perceber?
Aliás, já que estamos. O consumismo dos valores. Quando uma mulher dedica a vida a estudar os micróbios do amazonas para encontrar a vacina para o sida, isso nao a transforma num ser humano completo?
É mais: como se completa um ser humano? Reproduzindo-se? Espalhando as sementes? Nao. Pelos menos só assim nao.
Desculpa Catarina este parlapié todo. Mas claro, nao ias ser tu a unica a encher as caixinhas de cometários alheias!!!
Um beijo
Rita
Pois a questão é mesmo essa! Nós não nos tornámos melhor que ninguém… apenas (e só em alguns aspectos) ficámos melhores… porque a maternidade eliminasse todos os nossos defeitos, não havia por ai tanto disparate.
Finalmente acho que disseste tudo com muita razão e que o post original, se bem com alguma dose de razão está muito longe da realidade… pelo menos com a que eu conheço… e eu como mãe não me enquandro minimante naquele cenário.
Beijinhos
Desejo-te uma Boa Semana Catarina:)
Abraço,
Bin
Rititi, repara: eu concordo contigo. Não acho nada que o facto de se parir nos transforme em melhores pessoas, nem que seja essa a única forma ou maneira ou caminho. Nem pouco mais ou menos. Toda a gente sabe como é que se torna melhor, isso é que tem graça, sabemos o que fazer: mas não fazemos. O que acontece é que a maternidade + o amor (não é a maternidade em si, é o resto que a maternidade traz, pode trazer, ou não, isso dependerá das pessoas) é UMA DAS FORMAS. Todas as outras não são menos válidas, nem ninguém é um ser humano incompleto (palavras tuas não minhas) por não ter filhos. É verdade que a nossa cultura empurra as mulheres para aí e, de uma certa forma, menospreza-as por não terem filhos…mas também te digo, quando os têm, são menosprezadas ainda mais. É preso por ter cão e preso por não ter.
Como se completa um ser humano? Sendo mais humano, provavelmente, já que o sublime nos está vedado. Seja de que forma for. Mas no meu caso, só ultrapassei uma série de egoísmos e de perspectivas de vida com a maternidade, até aí nunca estive para me maçar.
Podes inundar a caixa de comentários à vontade, eu gosto de discutir as coisas e gosto ainda mais quando há opiniões diversificadas. Beijinhos!
Sandra, eu penso que o post da Rititi era mais sobre a parte grávida-parideira-pés-a-voar-no-ar, agora que o reli e depois de ler os comentários. E admito, as mães são muito irritantes.
Boa semana, Bin, beijinhos.
ha aqui uma coisa que me esta a incomodar, e é a ideia de que é necessario ser sempre uma pessoa melhor. Quem decide o que torna as pessoas melhores? porque é que uma pessoa q vai pro amazonias procurar a cura da sida é melhor que uma pessoa que lava o chao das casas de banho dum bordel? acho que essa ideia da “boa pessoa” é uma das muitas formas de dar sentido a vida e nos manter os cerebros ocupados para nao nos suicidarmos nem nos matarmos uns aos outros, e nao digo que esteja mal nem que seja um sentido pior que outro qualquer, mas se ha coisinha que me irrita, sao as pessoas que teem a mania que fazem as coisas “para serem pessoas melhores” e que olham de lado as pessoas que vao procurar a cura para a sida porque era a unica coisa que dava dinheiro na altura, e um gajo até gosta do amazonias porque é verde…
(mania de desconversar, nao é?)
Melhor que as outras ou melhor do que éramos???
É que eu não me considero melhor que ninguém PORQUE sou mãe ou DESDE QUE sou mãe. Agora que fiquei melhor do que era antes, quero acreditar que sim. Melhor que eu própria, não que os outros ou as outras! (além do mais, só “quero acreditar”. Nem sei se de facto estarei melhor do que era. Mas espero que sim e faço por isso
(como eu gosto disto! :)))))
Tasqs, nos meus delírios líricos, imagino que nós, seres humanos cheios de imperfeições, estamos aqui no mundo para nos aperfeiçoarmos. Nós mesmos, a nós próprios (e seja isso a lavar o chão ou a encontrar a cura para a sida). De uma forma muito egoísta, até. Não exactamente para melhorar o mundo, mas para sermos melhores pessoas (é que eu acho que uma coisa pode influenciar a outra, o mundo ser menos cão se as pessoas forem menos bichos e mais gente). Quem decide, bom isso há normas, mas eu pericaso tenho cá as minhas opiniões firmes sobre aquilo que a mim me torna melhor pessoa e nem sempre coincidirá com o que é mais estabelecido. Mas tudo isso passa mais por uma instropecção da alma e a verdade é que o amazonas é verde e giro e a mim não me apanhavam lá que tá cheio de insectos.
Karla, como digo, tem a ver com a própria pessoa. Não tem nada a ver com ser melhor ou pior que as outras pessoas. Cada um mudará (ou não) com coisas que lhe acontecem na vida: eu foi com isto, que se há.de fazer… e não tenho o menor problema em dizer que me tornei melhor pessoa do que era: melhor do que ninguém sei eu o que era e o que sou agora.
É isso, Cat, voltaste a dizer o que penso. Sobretudo na resposta ao Eufigénio. Pode parecer lirismo ou ver a vida em tons de rosa (ou azul, no meu caso), mas o facto de estar mais descentrada de mim não é propriamente o que me torna melhor do que era (repito: nunca melhor do que outra pessoa, mas melhor do que eu era antes de ser mãe). O amor pela minha filha tornou-me mais sensível aos outros, mais atenta às outras crianças, mais preocupada, mais solidária. Não, não me tornei perfeita, longe disso, nem é essa a ideia que quero passar – mas sinto-me “mais gente”, e como a Cat diz sermos “mais gente” ajuda, eu também acho, a que o mundo seja um pouco mais humano. Nem que seja apenas na escala pequenina do meu mundinho.
Mas tudo tem um reverso, claro está: ser mãe não é tudo na minha vida. Não me anula enquanto ser humano. Não me realiza na íntegra. Não é o único objectivo da minha vida. Nem é um mar de rosas, nem se é só estupidamente feliz e com um sorriso pateta na cara. No entanto, quando eu olho para a minha filha, ou falo acerca dela, o meu olhar e a minha voz adoçam.
É isso, Zu.
aviso já q não li os restantes comentadores…correndo o risco de me repetir, é mesmo isso Catarina, um amor que nos transcende, passam a ser a nossa vida eterna, por eles damos a vida, por eles sacrificamo-la, pela felicidade delas sou feliz. Chata? galinha? sou mãe com muito gosto!
Tu és fabulosa. Obrigada:)
Gostei de tudo quanto li, texto e comentários. É bom ver o lado humanista e pacifista das pessoas. Quero, no entanto, fazer ressaltar o comentário da Rita em maio 30, 2005 09:35 AM, é sim, Senhora, “a aura, o sorriso parvo”, o modo ridículo que se apodera de nós quando deles falamos, etc. etc.
Abraços para todos
Não sou mãe e nem sei se vou ser.Mas tenho a humildade de aceitar que deve ser a experiência mais enriquecedora que uma mulher pode ter.Andar a fingir que esta experiencia é como outra qualquer.Deve ser A experiencia e ponto final.E mais:quem se chateia tanto com as mães e seus baby blogs porque é que lê já agora?Eu só leio o que eu gosto de ler!
Compreendo perfeitamente o que dizes e acho que tens razão. Assim como comprendo o post da rititi e tambem acho que tem razão. Ela falava de um genero de mulher em particular, aquelas que acham que são mais mulheres pela maternidade. E não creio que seja o teu caso. O sermos mães não nos faz melhor que as outras. Faz-nos talvez (quase de certeza) menos adoradoras do nosso umbigo. Mas melhores? Isso do melhor é muito relativo. Portanto pela minha parte levam as duas a taça Ambas tem razão.
Gostei!!
Lindíssimo.
clap,clap,clap
ser mãe só compreensível por quem por lá passou.Não faz de nós melhores nem piores…Deixamos, apenas de ser o centro do mundo.
Querida Catarina: Adoreeeeeiiiiiiii!!!
Subscrevo inteiramente, especialmente a parte “…É um amor que não se quer para nós, mas para eles, para os objectos do nosso amor: é querer tudo para aquela pessoa pequena. É esquecermo-nos de nós, porque aquele amor é maior que nós. …”
Eu acrescento ainda: a pessoa pequena cresce e o nosso amor cresce com ela… tanto que às vezes não conseguimos deixar de ser “autênticas galinhas”… eehehehehe!
A verdade é que nós também crescemos com eles e queremos sempre para eles o melhor dos melhores a todos os níveis, mesmo que não o tenhamos tido e mesmo que às vezes seja preciso ultrapassarmo-nos em determinados campos. Ainda na passada 4ª à noite a sua amiga A. foi para um concerto toda a noite…. Eu arranjei os bilhetes, motivei-a a ir e depois fiquei em casa, com o coração apertadinho…. que ansiedade… está-me a ver??
Beijos
Gostei mesmo de ler isto.
Querida amiga, dizes que ficaste melhor do que eras.
Que mudaste para e por ele.
But it’s not always like that… não é?…
Beijos
Raramente tenho conversas sobre as filhas (muito raramente mesmo), afinal o assunto só interessa a nós mesmos. Se se proporcionar posso dar alguma indicação sobre algum assunto de que tenha experiência, mas é só.
Obrigada por todos os comentários sobre isto.
(Tulipa, para mim é sempre assim, não me esquecendo no entanto de ser uma pessoa. Beijinhos!)
Espero que o meu comentário não esteja já “fora de prazo”. Quero apenas dizer que, depois de ler os dois posts, só posso afirmar que há coisas que, definitivamente, não se explicam: sentem-se, vivem-se. Eu sou mãe de um menino quase com 4 anos,e só posso dizer que não trocaria por nada as emoções por que passei desde que ele nasceu. Mas estas emoções são MINHAS e parece-me que tal como não as devo impôr, não dou o direito a ninguém de criticar a forma como as vivo.
Como sempre!
Fico feliz por te ler…. Ele há “Coisas” nesta vida…
;o)
Não há comentários fora de prazo, Maria. E o teu é muito pertinente. É isso mesmo, não se explica, sente-se.
As tais ‘coisas’, essas mesmo, tumtummom. :)))
Não se fica necessáriamente melhor por se ser mãe/pai, mas se não se sentir uma diferença em relação ao antes, se calhar talvez fosse melhor não ter sido.
Sem me ser possivel estar frente ao pc durante 5 dias..hoje chego aqui e…fico sem palavras, (também nesta altura já seriam redundantes)e só posso acrescentar..querida Catarina,como eu gosto de te ler e as saudades que eu tinha disto :))))