É em dias assim
que me salta de dentro o gajo que há em mim: um que tem mesmo muito mau feitio, que não tem filhos, aquele tipo sem a mais pequena paciência para crianças. Principalmente recém nascidas aos gritos em locais do menos apropriado que há, cujas desenxergadas mãezinhas, na alegria desneuroniada da baixa de parto e da proliferação da espécie, resolvem apresentar a berradora cria a toda a gente que conhecem, esquecendo-se que as outras pessoas têm mais que fazer.
Na verdade esse gajo até divide comigo uma data de horas por dia. Mas é mais esperto que eu e foi tratar de assuntos noutro lado. Sobro eu para maldizer a recém maternidade ambulante. Papel ingrato.
- Ora então aqui está:
- o princípio do fim
Gosto especialmente da parte em que exibem orgulhosas o maravilhoso bolsar dos seus filhos que é, obviamente, “mailindo” que dos outros:)
Shame on you! 😉
Que é mailindo, não há qualquer dúvida, Ginja! :))Mas uma pessoa tem de se conter um bocadinho para não incomodar os outros.
Podes crer, Sara, mas o raio da criança estava a berrar como se o estivessem a pendurar pelos pés, safa!
Ai o que eu tinha a dizer sobre isto. Ai … melhor calar-me!
Eu também tinha mais umas quantas coisas, Eufigénio, entre elas ‘CALAI A PORRA DO PUTO, CARALHO!’ mas fica mal a uma mãe.
Vá lá, o pequenito não teve culpa, a culpa foi da Mãe, que o tirou do seu sossego para o passar para as mãos das bruxas! Bebé sofre!
Pelo que vou conhecendo, os homens costumam ter uma paciência especial para os bebés que berram, achando que isso faz parte da sua biologia, não contaminados ainda (eles, os homens) por entendimentos tipo Andrea Dworkin, para quem o cultural é que deve prevalecer, devendo os infantis, pois, desde tenra idade, ser ensinados a só berrar se quiserem que um adulto lhes leia uma historinha do Hans Christian Andersen – e não porque um instinto parvo, agarrado ainda a determinismos genéticos sem sentido, se sobrepõe ao cultural e os impele ao choro imberbe.
Como toda a gente sabe, não tenho nada contra bebés ou choros. Só me parece que visitas a locais de trabalho devem ser breves se não puderem ser evitadas. Enfim.