Sinais de fumo (the whole story – 3)
Sobre a solidão e essas merdas escrevo depois, siga a história que estou farta dela.
Faz de conta que não estive ali sozinha uma data de tempo a pensar quando é que alguém me passava a ferro e se estaria melhor antes do carro, depois do carro ou ao lado do carro e a ver voar uma data de estilhaços e vidros do acidente anterior, cada vez que passava um carro, o que acontecia de meio em meio segundo, a amaldiçoar a vida, os VW que só me dão desgostos e a pensar se fumava um cigarro se não fumava um cigarro e quanto tempo dura um triângulo com uma data de carros direitos a ele. E depois direitos a mim.
Lá me resolvi a acender um cigarro e foi quando apareceu o reboque. Por instantes pensei, porra, já agora demorava mais um bocadinho, mas lá me pus esperta e lá se processou a coisa.
(a coisa processa-se assim: um gajo entra no carro, destrava e desengata e aquela coisa puxa o carro para cima do reboque. Depois fica-se lá em cima, abre-se a porta do carro, quase se cai pela autoestrada abaixo e o rapaz simpático diz, agarre-se aqui ao meu braço.)
(um parenteses: o motard de serviço tinha entretanto chegado, telefonado do lado da frente do reboque a dizer que não podia estar parado ali e que ia indo andando)
Salva na A5, fui buscar o triângulo e voltei sem olhar para trás. Enfiei-me dentro da cabine do reboque, telefonei à minha mãe a dizer que ia a caminho e atendi a Brisa que andava pela A5 à minha procura, agradeci o esforço mas que já não era preciso e que subidas para Linda a Velha só havia uma.
O rapaz simpático, entretanto, deve ter achado que eu ia enervada e resolveu entreter-me com histórias de reboques. Fiquei a saber que todos os dias tirava carros do Tejo ali ao pé da Torre de Belém, de pessoas que se distraíam dentro do carro e não percebi bem porquê, o travão de mão soltava-se e os carros caiam ao rio. (fiquei com a sensação que o rapaz deveria abrir um blog, sempre são temas diferentes dos habituais…não?)
E pronto. Foi isto (tou farta).
Cheguei à porta da oficina, estava lá o motard que manda dizer que só demorou 20 segundos a fazer a CRIL e o resto do tempo foi de direito a fumar uns cigarros, largou-se lá o carro, acartei os sacos de compras pela rua acima que não podiam ir de moto, entrei em casa e atendi um sms.
(vitória, vitória, acabou-se a história, tudo para a cama meninos!)
Dedicatória especial à vaca que ficou encravada entre o trânsito e o meu carro e que se pôs a fazer-me sinais com as mãos que pareciam a forma de um triângulo e a quem eu respondi com um sinalzinho amigável de já vai, já vai: pó crlho.
- Sinais de fumo (the whole story – 2)
- Resumos e coisas assim
Para já, ainda antes de ler a 3ª parte, tenho um pequeno reparo a fazer Catarina: não podes escrever mais devagarinho? é que um gajo vai só ali comprar um pacote de pipocas e uma cocacola e quando volta já está tudo às escuras e o pessoal a mandar vir que estou a pisar a fila toda
:DDD
Então boa noite,foi interessante a história,agora resta pagar a conta da oficina,que pela discrição vai ser upa,upa :((
Mas há coisas piores,o reboque podia ter tido um acidente,onde tu e o moço do reboque podiam ter ficado feridos,o teu carro podia ter saltado do reboque e ter ficado todo lixado sem recuperação,além disso ao cair do reboque o teu carro descontrolado podia ter causado uma data de acidentes,afinal foi só uma questão de óleo,não dramatizar 😉
pois, eu fui ali dar mama e quando voltei já cá estava a história 😉 quando disseste vaca fiquei mesmo a pensar que era uma, verdadeira, achei o resto muito estranho, uma vaquinha mu mu a fazer sinais em triangulo com as patinhas? estranhos!… ando bonita, ando!
“crlho”
Coligação Revolucionária dos Latinhas Hemisféricos não Oleados?
Por isso é que havia um emgarrafamento infernal na A5, hoje ao fim da tarde…está explicado :DDDDD
Muito obrigada, Catarina. Esta tua divertida aventura, fez-me lembrar que tenho pelo menos que espreitar a vareta do óleo do meu. Bom dia.
Bom dia a todos. :)))
Muito à pressa: Duende, não é o óleo que tens de espreitar, é a ÁGUA! (já falei para a oficina e o carro não tinha uma gota…de resto prognósticos só no fim do jogo. )
Gostei da dedicatória, estou mesmo a ver :DDD
Ok. Eu verifico também a água. Seca!
LOL Eu fiquei como a Sara, uma vaca? Vinda de onde? 😀
catarina o que eu gostei mesmo foi da outra a fazer sinais…pó crlho ainda foi pouco!
ai que vontade de rir a pensar naqueles que no melhor da festa vão lá parar ao leito do rio…
piada piada teve uma vez uma fila inteira a apitar a um carro que avariou. e uma senhora com nada mais, nada menos que um metro e quarenta a tentar empurrar o carro dali pra fora. é o que se chama apoio sonoro… tu tiveste apoio visual (apesar de ainda não tar a perceber que gesto foi… queres dizer triangulo ou mais piramide?)
Se calhar não devia ter escrito ‘vaca’, devia ter escrito qualquer coisa como ‘puta cabra de merda’ ou assim. 😉
Ela fazia triangulinhos com as duas mãos, o que ajuda sempre na tentativa de mudança de faixa…além de vaca cabra puta de merda ainda guiava mal! Uma vergonha para a classe, só vos digo!
(tu vê-me essa água, Duende, que em manutenção automóvel quase que aposto que temos muita coisa em comum!)
É o chamado ‘banho frio para refrescar os ânimos’, mana. Aquele realmente literal.
Convém ver a água e o óleo, é? Estamos sempre a aprender! Eu ao fim de 11 anos de carta já consegui aprender que de vez em quando convém olhar para o ponteiro da gasolina, já não é mau! :PPP (já contei aquela em que fiquei sem gasolina em cima da ponte? Pois, já devo ter contado!)
Cat: então não sabes que quando se acende o cigarro aparece sempre o autocarro? (o meu marido está sempre a queixar-se!) 😉
Pois vê lá tu Noite, ter de fazer essas coisas de manutenção automóvel! Também achei que já não era preciso! Há vinte anos aprendi imensa mecânica com o meu Mini, mas pensava que as coisas tinham evoluído!
(é bem certo. isso e chover depois de lavar o carro…)
LOL! Um primor.
(Beijinho)
Agarrada á barriga!
(Ninguém escreve como tu)