A economia do papel higiénico
Nunca percebi muito bem esse conceito, tão empedernido nas nossas queridas instituições. Ou melhor, entendo o conceito, não percebo é a sua aplicação prática ou para que é que serve.
A economia do papel higiénico consiste no seguinte:
– numa instituição onde se gastam /perdem rios de dinheiro em coisas perfeitamente inúteis, em ineficiências, em ineficácias, em erros que não são de ninguém pois tendem sempre a ter a cobertura de sistemas colegiais de processos de decisão, quando é preciso reduzir os custos, cortam-se as despesas de manutenção corrente com caracter de necessidade (vulgo as folhas de papel higiénico).
Evidentemente que esta situação é levada ao extremo e, na realidade, cortam-se é despesas como as canetas, as resmas de papel e as fotocópias tiradas. Dir-me-ão, tudo conta: com certeza que sim. Mas eu respondo, tudo é relativo, também. O sistema deve primeiro equilibrar-se e criar riqueza se possível na parte da sua actividade principal. Não faz sentido para um gestor preocupar-se de igual forma com a performance da sua actividade e o gasto de folhas de papel higiénico. Ou, pelo menos, a mim não me faz sentido nenhum.
Hoje fui novamente relembrada que se continua a gastar tempo e energia na resolução de problemas de merda, perdão, de gasto de papel higiénico. É sempre bom saber que as nossas instituições se mantêm de pedra e cal nas suas prioridades.
- Horrorizada
- Direitos que nos assistem
Assim podes preencher um formulário em triplicado de cada vez que precisares de ir à casa de banho.
Ó minha amiga, o Cocó não teria dito, nem eu escrito, melhor.
Quando eu tiver a minha empresa (um dia, quem sabe) contrato logo uns três ou quatro consultores pra me ajudarem a descobrir como posso reduzir os dois contínuos a um – de preferência em parte-táime.
Por isso é que é atrofiante, por vezes, trabalhar em determinadas organizações. O custo/benefício de determinadas medidas de merda, como bem dizes, tem resultados na produtividade extremamente negativos acabando por custar mais, talvez, do que o que se poupa com um determinado nº de medidas draconianas. Mas sabes como é, quando não dá para mais sempre é extremamente visível aos olhos de todos o corte em determinadas coisas do que nas essenciais…Tal como o juiz da história da Emiéle, e o homem terá estudado muito, a gestão não é para todos.
Fizeste-me lembrar reuniões que eu tinha em Moçambique que me deixavam com os nervos à flor da pele. Discutia-se tudo e mais alguma coisa. A cor das cuecas da minha secretária porque era a melhor de todas, o parafuso que não dava com a porca xpto, a chapa da lancha que seria melhor se fosse de 8mm e não 3mm, se chovesse não faria sol, se do outro lado do rio víssemos o Cristo-Rei e a ponte sobre o Tejo então estaríamos certamente em Lisboa e não em Moçambique, etc etc etc… Isto reuniões de 7 horas com 20 gajos lá dentro! Confesso que adormeci por diversas vezes em várias tão interessantes que eram.
E será que não há em pouca quantidade porque há alguém a abastecer-se porque precisa dele em casa? No local onde trabalho, isso aconteceu várias vezes…
Olha Cláudia, comigo passou-se o contrário. Houve uma época onde cada um levava um rolo de casa, que guardava na secretária. Não se podia contar se havia ou não porque quase sempre não havia…
😉
Nunca vimos a redução de mordomias desnecessárias, porque será ?
Por aqui começaram a guardar os pacotes de açúcar no cofre… :/
É o que dá não controlares o consumo de papel higiénico do teu piso! :)))))))))) Mas se demonstrares que afinal o consumo por trabalhador até está abaixo da média da instituição, porque tens x% de pessoal que sofre de obstipação e y% de homens acima da média da instituição no teu departamento/direcção, e que a média móvel exponencial de consumo de papel higiénico tem uma tendência descendente estando o consumo actual abaixo da média móvel de longo-prazo e esta abaixo da média móvel de médio-prazo que por sua vez está abaixo da média-móvel de curto-prazo, isso significa que não há razão para alarmes e que te podes ocupar de coisas mais produtivas…
Para além de não compreender considero inaceitável!
Poupar nas canetas, borrachas, apagadores, fotocópias ainda vá, agora no papel higiénico não faz sentido, atendendo à m**** que fazem!
Evidentemente (por razões mais que óbvias) o meu post era um bocadinho ao lado – não existe exactamente economia de papel higiénico ou canetas, mas serve de imagem para a importância que um grupo de pessoas dá a alguns assuntos, em detrimento dos que realmente são.
Bom dia a todos!
Mas sempre deu para gozar um bocado com o tema 😀
antigamente dizia-se “poupar nos palitos…”
queria saber como o papel higienico surgiu, onde surgiu, quem teve essa ideia.
Gostaria de conhecer sobre este produto tao comum e tao indispensavel em nossas vidas!