100nada

A angústia do feedback

‘Um tipo esforça-se, tenta dar o seu melhor para a malta gostar. Depois, fica-se à espera de ver no que dá. Umas vezes, maravilha, viva rapaziada que bom tê-los por cá. Outras vezes, desilusão, a caixa de retorno vazia e a sentença traçada no conta-gotas do maldito contador desse dia. Talvez corra melhor amanhã…’

in Charquinho

É tal e qual assim.

0 thoughts on “A angústia do feedback

  1. João Pedro da Costa

    Precisando um pouco mais a ideia. É muito mais fácil escrever num blog, quando estamos no início, na doce e suave ilusão que ninguém nos lê. Depois, quando finalmente as coisas se começam a compor, e vemos que há pessoas que gentilmente destacam o nosso trabalho, começa a surgir uma linha muito turva entre aquilo que queremos escrever e aquilo que é a expectativa dos outros perante o que escrevemos. Falamos já nisso várias vezes e lembro-me inclusivamente de alguns comentários «cirúrgicos» que deixaste lá no meu blog, que foram para mim uma espécie de sinal de alerta. Há aqui um equilíbrio qualquer que um gajo tem de encontrar (tu, por exemplo, pareces tê-lo conseguido de uma forma sublime) e isto é uma dificuldade adicional que me era totalmente desconhecida na feitura de um blog. É só isso.

  2. catarina

    Comigo é mais uma questão entre aaquilo que queremos escrever e aquilo que podemos escrever (a eterna questão da privacidade, da exposição demasiada). E a forma ‘sublime’ como consigo manter este tasco há mais de um ano é ter, no passado, mandado tudo às urtigas mais de uma vez e depois apagar tudo.
    Isso é uma crise de maturidade bloguística: aqui o tempo passa muito mais depressa e dois meses é muito tempo. Mas não podes pensar nas expectativas dos outros: tens de escrever sem pensar nisso. Senão deixa de ser uma coisa tua que os outros lêem e passa a ser uma coisa *para* os outros…e pode perder a característica que primeiro os atraiu para o teu blog, a tua ‘identidade’.

    Por isso é que, desde que escrevi ali no post ‘é tal e qual assim’ que me está a apetecer continuar a frase e escrever ‘mas não deve nem pode ser assim’.

  3. Leonel Vicente

    O João Pedro toca no ponto sensível: que é a “linha muito turva entre aquilo que queremos escrever e aquilo que é a expectativa dos outros perante o que escrevemos”.

    Por mais que, conforme dizes, nos devamos alhear disso, não é fácil…

  4. As estórias da Ruiva

    Falta de paciencia

    Que é como quem diz, isto hoje fica mesmo assim à balda e se não gostarem têm bom remédio…é bazar mesmo! É que uma gaja chega a estas lindas horas a casa (conclusão para hoje: Os chefes não são bons…

  5. Eufigénio

    Bolas, vcs trocam duas piadinhas e começam logo a falar de coisas sérias !

    Mas lá por isso …
    Catarina, o prazer de sermos lidos pode tocar, pode até interpenetrar o prazer de sermos escritos, mas não é a mesma coisa, em minha opinião… Embora eu tenha muito pouca experiência dos dois, sobretudo do primeiro.