Precisando um pouco mais a ideia. É muito mais fácil escrever num blog, quando estamos no início, na doce e suave ilusão que ninguém nos lê. Depois, quando finalmente as coisas se começam a compor, e vemos que há pessoas que gentilmente destacam o nosso trabalho, começa a surgir uma linha muito turva entre aquilo que queremos escrever e aquilo que é a expectativa dos outros perante o que escrevemos. Falamos já nisso várias vezes e lembro-me inclusivamente de alguns comentários «cirúrgicos» que deixaste lá no meu blog, que foram para mim uma espécie de sinal de alerta. Há aqui um equilíbrio qualquer que um gajo tem de encontrar (tu, por exemplo, pareces tê-lo conseguido de uma forma sublime) e isto é uma dificuldade adicional que me era totalmente desconhecida na feitura de um blog. É só isso.
Comigo é mais uma questão entre aaquilo que queremos escrever e aquilo que podemos escrever (a eterna questão da privacidade, da exposição demasiada). E a forma ‘sublime’ como consigo manter este tasco há mais de um ano é ter, no passado, mandado tudo às urtigas mais de uma vez e depois apagar tudo.
Isso é uma crise de maturidade bloguística: aqui o tempo passa muito mais depressa e dois meses é muito tempo. Mas não podes pensar nas expectativas dos outros: tens de escrever sem pensar nisso. Senão deixa de ser uma coisa tua que os outros lêem e passa a ser uma coisa *para* os outros…e pode perder a característica que primeiro os atraiu para o teu blog, a tua ‘identidade’.
Por isso é que, desde que escrevi ali no post ‘é tal e qual assim’ que me está a apetecer continuar a frase e escrever ‘mas não deve nem pode ser assim’.
O João Pedro toca no ponto sensível: que é a “linha muito turva entre aquilo que queremos escrever e aquilo que é a expectativa dos outros perante o que escrevemos”.
Por mais que, conforme dizes, nos devamos alhear disso, não é fácil…
Que é como quem diz, isto hoje fica mesmo assim à balda e se não gostarem têm bom remédio…é bazar mesmo! É que uma gaja chega a estas lindas horas a casa (conclusão para hoje: Os chefes não são bons…
Bolas, vcs trocam duas piadinhas e começam logo a falar de coisas sérias !
Mas lá por isso …
Catarina, o prazer de sermos lidos pode tocar, pode até interpenetrar o prazer de sermos escritos, mas não é a mesma coisa, em minha opinião… Embora eu tenha muito pouca experiência dos dois, sobretudo do primeiro.
Olha, eu, neste preciso momento, estou a viver uma fase oposta… Be careful with what you wish, you might just get it.
Não queres feedback, João?
Não estou a falar de feedback. Mas de feedforward. É ligeiramente diferente.
Estás com angústia de feedforward? (isso dava um post e peras…er…é só uma ideia…)
Precisando um pouco mais a ideia. É muito mais fácil escrever num blog, quando estamos no início, na doce e suave ilusão que ninguém nos lê. Depois, quando finalmente as coisas se começam a compor, e vemos que há pessoas que gentilmente destacam o nosso trabalho, começa a surgir uma linha muito turva entre aquilo que queremos escrever e aquilo que é a expectativa dos outros perante o que escrevemos. Falamos já nisso várias vezes e lembro-me inclusivamente de alguns comentários «cirúrgicos» que deixaste lá no meu blog, que foram para mim uma espécie de sinal de alerta. Há aqui um equilíbrio qualquer que um gajo tem de encontrar (tu, por exemplo, pareces tê-lo conseguido de uma forma sublime) e isto é uma dificuldade adicional que me era totalmente desconhecida na feitura de um blog. É só isso.
Comigo é mais uma questão entre aaquilo que queremos escrever e aquilo que podemos escrever (a eterna questão da privacidade, da exposição demasiada). E a forma ‘sublime’ como consigo manter este tasco há mais de um ano é ter, no passado, mandado tudo às urtigas mais de uma vez e depois apagar tudo.
Isso é uma crise de maturidade bloguística: aqui o tempo passa muito mais depressa e dois meses é muito tempo. Mas não podes pensar nas expectativas dos outros: tens de escrever sem pensar nisso. Senão deixa de ser uma coisa tua que os outros lêem e passa a ser uma coisa *para* os outros…e pode perder a característica que primeiro os atraiu para o teu blog, a tua ‘identidade’.
Por isso é que, desde que escrevi ali no post ‘é tal e qual assim’ que me está a apetecer continuar a frase e escrever ‘mas não deve nem pode ser assim’.
Quanto é que eu devo pela consulta?
(Obrigado)
Eu depois mando a factura.
Já tirei senha… A “dótôra” aínda dá consulta?
😉
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
Oldman, diz lá o que te atormenta, anda…:DD
PAI, ESTOU NO 100nada!
O João Pedro toca no ponto sensível: que é a “linha muito turva entre aquilo que queremos escrever e aquilo que é a expectativa dos outros perante o que escrevemos”.
Por mais que, conforme dizes, nos devamos alhear disso, não é fácil…
Falta de paciencia
Que é como quem diz, isto hoje fica mesmo assim à balda e se não gostarem têm bom remédio…é bazar mesmo! É que uma gaja chega a estas lindas horas a casa (conclusão para hoje: Os chefes não são bons…
Bolas, vcs trocam duas piadinhas e começam logo a falar de coisas sérias !
Mas lá por isso …
Catarina, o prazer de sermos lidos pode tocar, pode até interpenetrar o prazer de sermos escritos, mas não é a mesma coisa, em minha opinião… Embora eu tenha muito pouca experiência dos dois, sobretudo do primeiro.