Póker
Queria construir castelos feitos de papel desenhado de corações e espadas e ouros e copas. Doces damas e cavaleiros valentes, reis austeros e palhaços de chapéus de gizos, ameias de números de sorte.
Era uma vez uma princesa que vivia numa torre de papel. Uma torre feita de cartas. Todas as cartas que escrevia a si mesma. Não tinha tinta e cortava os pulsos cada vez que queria escrever uma. Deixava pingar o sangue para um tinteiro e depois, com um arame, escrevia mais uma. E depois, não tinha a quem a mandar e colava-a na parede. Eram tantas que a torre ia crescendo e era cada vez mais alta. As paredes iam ficando mais grossas, tão grossas, que a princesa ficava sem espaço e tinha de subir mais um andar. Ia subindo, sempre por cima das suas cartas. Sempre sentada em cima do seu sangue. Às vezes ficava com raiva por ninguém lhe responder a tantas cartas que escrevia. E rasgava espaços entre as cartas e olhava para fora para ver se lá fora havia mais alguém. Mas a torre era já tão alta que só se via o céu. Não se via mais nada. Parecia sempre perfeito. E a princesa convenceu-se então que vivia no céu.
Mas as cartas estão marcadas de apostas e batotas.
Amiguinha, posso sugerir uma visita (de preferência com urgência urgentíssima) a um bom oftalmologista? Eu, na lista das mulheres belas… riam-sé, paredes!
Desculpe comentar assim um gesto tão bonito, sei o que quer dizer, mas não resisti a ser maldosamente provocadora. Também tenho os meus momentos de possessão 😉
pá…
eu posso dar à princesa o telemovel dum gajo da construção civil, n é pato bravo, para ela arranjar uma vivanda porreiraça com vistas de mar
comme ça a gaja não arrisca partir a mona ao estatelar-se dali de cima das alturas
depois, sei de fonte segura, não é gajo dado ao jogo a dinheiro, nada de cartas portanto, um monopolio, um trivial talvez. em resumo nada de sangrias, a lavandaria agradece
e depois, isso de viver no céu é para psicóticos e primeiro-ministros
dá mau aspecto para o resto da malta
além de q o céu é um condomínio fechado sem proprietarios, arrisca a pagar renda a psiquiatras
por isso ela q siga o meu conselho
telefone ao dito cujo supracitado e vivam felizes para sempre
assinado
barbie
PS: ela depois pode continuar a escrever tragico comedias para argumentos de cinema…
O_o
Amiga Vi, eu leio o que leio!
(além disso, como também já a conheci, sei do que falo, ora essa!) :))) Um beijinho.
Pá (barbie), primeiros: uma barbie nunca jamais em tempo algum começaria um texto por ‘pá’. Segundos, eu gosto de póker, pá. Tazaber? E terceiros, um gajo mantem um blog durante um ano, apaga o gajo, há que facturar nos posts perdidos que já ninguém se lembra, em momentos assim depresso-cinéfilos…:D