Um exemplo
de post que gostava de poder escrever sem ter de pensar cinquenta vezes que é melhor não, que preocupo os amigos, que é patético, ridículo, que a regra número um de todas as situações sociais é que não se pode chorar em público (choramingar sim):
Tenho uma tristeza intrínseca, devastadora, imensa. Uma tristeza culpada de ser assim, sem razão. Uma tristeza com a consciência pesada por haver gente tão sem nada e eu com tanto e, mesmo assim, sentir-me assim. Uma tristeza que me emudece, que me envergonha, que me envelhece.
É para isto que me serve um blog. Para escrever estas coisecas.
E este não me serve para nada porque não as consigo escrever. Já nem consigo continuar a escrever disparates (ou será tudo o mesmo?)…oh que merda! Vou mas é jantar, tudo isto é fome, tudo isto é fado…
- Sarna para me coçar
- Passando um pano sobre a figura de urso
Tristeza todos sentimos de vez em quando.
E não nos podemos envergonhar por isso.
É verdade que, como costumo ouvir muitas vezes, “há pessoas que estão bem piores que tu”.
Mas também é verdade que, nestas alturas, não consigo pensar nessas pessoas que estão piores do que eu.
Porque a tristeza que sinto é minha, assim como a tua é só tua.
Só quem nunca sentiu nada, nem uma pequena espécia de coisa boa que faça sorrir, nunca sentiu tristeza.
Porque são opostos e como tal não existem um sem o outro.
Ora, este discurso todo apenas para te dizer que não te preocupes…podes chorar em público à vontade.
Será que um beijinho sincero ajuda a passar, nem que seja um bocadinho pequenino?
Mesmo que não ajude, deixo-te esse beijinho sincero na mesma =)
PS: Bom jantar!!
A tristeza de ter descoberto muito cedo que nascemos sós, e sós morreremo, porque na verdade cada ser humano é, não uma ilha mas algo único e sem comparação?
Agora que te confundi, tenho que ir… o bacalhau frio não tem piada nenhuma.
😉
“É para isto que me serve um blog.(…)E este não me serve para nada…”
Como eu te entendo…
Mesmo na felicidade pura, ou na abundância (seja ela qual for), há que ter sempre um travo lilás de tristeza…é ele que nos dá o caminho.

São umas queridas.
(sim, pá, tu também, Oldman.:))
A questão não é que exista a tristeza. A questão é debitá-la em público.
mas enfim, um gajo vai tentando o que for capaz.
:o)
… oh pá!!!