Olha o enlatado fresquinho!
Marginal de manhã muito cedo. Sentido Cascais Lisboa.
Para trás um céu ainda escuro, carros ainda adormecidos nos passeios, madrugadas de candeeiros acesos. À frente, uma estrada sem ninguém. Um rio
doce, sem ondas, um pano azul escuro parado. Esplanadas vazias, cadeiras amarradas em filas. Gaivotas que dizem vem aí mais um dia.
E o dia chega. De todas as cores. Cores impossíveis que não existem. E no
entanto, estão ali à frente dos olhos, apenas de alguns, os poucos que conseguem ver cores impossíveis. Como se fosse preciso mais alguma coisa
senão acordar de noite para poder ver começar um dia.

Tenho saudades da minha Cascais, da minhaMarginal, de casa… o quadro que descreveste é a prenda que mais anseio. A vontade concretizar-se-á no Natal!
Amiga..passei três anos da faculdade a acordar às 6 e meia da manhã para ter aulas às 8. Fizeste-me lembrar os dias em que me conseguia levantar (e aida foram alguns) e acordar para ver essas cores cores impossíveis, de um cenário que me é muito familiar. Não me digas que somos vizinhas!