Pois é, eu sei

Aqui a tasca virou a pateta alegre de serviço agora também dá uma perninha na política o que é uma seca de todo o tamanho para quem vem aqui à procura de mais uma tretazeta. Estou a fazer um considerável esforço para que este blog não vire um blog, não sério (como os bons blogs políticos), mas chato: o blog da dona de casa que enfia um avental, descasca as batatas e vai murmurando uns ahpôs ahpôs e dá-les Marcelo!, enquanto a televisão do canto da bancada da cozinha, que não se vê por causa das cascas (munta casca tem uma batata!), vai desfiando novelas e telejornais. Não é de todo o meu género; primeiro, nunca sei onde a Etelvina guarda o descascador (ou as batatas) e segundo, de acordo com os meus princípios de gestão de assalariadas domésticas, não é um bom investimento ter televisão na cozinha. Já bem basta o rádio (condição contratual) e a trabalheira que dá, todos os dias, mudar de estação: não porque o oiça, mas dá-me sempre gozo pensar nos sustos que a Etelvina apanha, quando me apanha de costas e o liga (embora nunca tenha conseguido apanhá-la a mudar de estação, as vezes que volto a casa apanho-a sempre de calças na mão, ai que lindo, esta última frase agora parecia um fadinho).

Em resumo: hum…resumo, ora resumo, pois não há. O resumo é isso tudo que aí está em cima, no resto do post. Também se alguém leu até aqui, isso só pode ser insónias. Por estes dias, não sei porque carga d’água, as minhas cheiram a restaurador olex.

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