100nada

Sósias e assim

Se o JPT mete o selo de “isto é suficientemente sério para postar” quem sou eu para resistir a uma coisa destas?!

Façam o vosso aqui, eu fiz o meu em casa 😉

cat-sosias.jpg

(não, ia meter a minha foto no blog, tá-se memo a ver! Mas o resto, juro que é genuíno à segunda tentativa!)

[mas estou preocupada…não escolhi a opção dos 8 sósias, porque o resto dos sósias, apesar de não serem o John Glenn, eram gajos e pior, nem sei quem eram]


No semáforo vermelho

(meio da Av.Berna, hora de ponta)

Oiço um carro a apitar e não ligo nenhuma. Mas depois percebo que são buzinadelas seguidas, compridas e que não param. Olho para todos os lados e começo a ver, pelo espelho retrovisor, um carro a tentar avançar pelo trânsito (compacto), sempre a mudar de faixa. Alguns carros afastam-se e deixam-no passar e, aos poucos, cada vez mais carros se afastam a abrir a quarta faixa destinada a ambulâncias, carros de bombeiros e afins. Passa por mim, sempre a apitar, bastante depressa, das pessoas dentro apenas distingo o condutor, de óculos escuros e cara crispada. Os restantes passageiros vão no banco de trás.

Perde-se lá para diante, sempre a mudar de faixa quando não o deixam passar e eu fico ali, alarmada e angustiada, com o que se passará naquele carro, que não pode esperar por ambulância e que avança num desespero de buzinadelas contínuas, em hora de ponta. Coitado, coitados! penso, desgraçados, espero que cheguem ao hospital ou onde for depressa, a tempo.

E só na A5, depois de terem passado algumas ambulâncias do costume e de ter ouvido outras ao longe é que reparo que me angustiei com aquele carro, mas cada ambulância que passa apenas me preocupo com ter espaço para sair da faixa. E nunca, nunca me lembro que, dentro de cada uma delas, está a acontecer mais uma história de tempo contado, porque a isso já estou habituada.



Olha que giro!

Por causa do post de baixo, estou a reler a Soca. Caneco, era um bom blog, aquele, era mesmo. Minhas ricas sócias, tenho umas saudades! (mas sem saudosismos, fechou, acabou, nem comecem com ideias!)

adenda um porradão de tempo mais tarde, que ainda estou a reler bocados:
(e já agora, adianto que estou a reler melhor os meus, pois tá claro)

eu (sniff) até escrevia umas coisas giras
(algumas nem acredito que fui eu quem as escreveu, gaja mais parva armada em boa, livra!)
mas eram giras, algumas, eram
mas era armada em carapau de corrida também

bah, gosto mais assim.
(e, a bem dizer, seria agora incapaz de tanta lamechiche, credo, que enjoo)
mas ok, não era mau
só que já não sou eu.

adenda ainda mais tarde, depois de reflexão sobre a última frase:

se calhar ainda sou, mas não é para o vosso dente.
(simpática, hein? sou mesmo queridinha…)
(e o facto de se calhar ainda poder ser assim, não quer dizer que não me pareça ridículo à brava)


Às vezes (não muitas)

Às vezes preferia não te admirar. Preferia que fosses homem desadmirável, que lavasses umas janelas ou entregasses umas pizzas e tivesses por ambição uma moto mais potente e um andaime para chegar aos andares de cima; que a Caparica fosse um lugar para excelentes férias e porque haverias tu de levar mais do que três pares de meias para duas semanas? Que palitasses os dentes com a mãozinha a esconder a boca porque é mais fino, que dissesses com licença depois dos arrotos, que achasses que a cerveja alemã é que era boa porque isso é que é de homem embora depois bebesses as imperiais sagres com mais gosto. Preferia que usasses pijamas de turco e tivesses cotão no umbigo, que das tuas orelhas e das narinas saíssem uns tufos, que tivesses pelos nas costas, que cheirasses a urinol público quando despisses as cuecas, que não cortasses as unhas dos pés. Preferia que só te risses de anedotas porcas e só gostasses de gajas de mamas grandes e que votasses sempre no gajo que os teus amigos te indicassem. Preferia que tivesses um crucifixo a balançar no espelho retrovisor e a penélope ainda colada no guarda lamas e até podias ter uns neons debaixo do subwoofer, embora gastasses depois o resto do orçamento a meter a moto toda de origem. Preferia que os teus restaurantes favoritos fossem aqueles de preço fixo onde poderias encher o prato até transbordar porque pagavas o mesmo. Preferia que pensasses que um minete era lá passar a língua duas vezes e depois toca a foder que amanhã temos que acordar cedo. Preferia, sabes? Às vezes. Que isto de admirar um homem é meio caminho andado para o amor e o amor dá uma trabalheira dos diabos.

publicado sob a minha Fox Trotter (para quem não sabe, a Fox era um nick colectivo de algumas das sócias), na Soca, a 02.05.07; porque me apeteceu agora repetir isto, mesmo que não tenha lógica alguma


22 de Setembro

Tinha pensado outra coisa, assim mais lamechas.

Mas a verdade é que, quando se faz oito anos, já se é um rapaz crescido.

E escolhemos juntos, no youtube (porque os rapazes crescidos de oito anos estão carecas de saber o que é o google e o youtube, já sem falar em consolas e Sic Radical), a banda sonora do post. São “memo fixes”, estes videos.

Um rapaz crescido com oito anos merece, no mínimo, um post destes. :)


Pesadelos

Acordei a meio da noite, depois de ter mexido numas numas máquinas esquisitas que estavam ao meu lado (devia ter ficado quieta) que causaram uma falha de motor e o avião caiu – o que é curioso é sentir aquela porra toda a perder altura em grande velocidade. Mergulhou dentro do mar, sem se partir e vi a água subir lá fora até tapar as janelas.
Acordei à procura do colete e a tentar lembrar-me das instruções do folheto.