100nada

Não tenho vida pra isto!

A sério. Há biliões de themes para wordpress. Uns são género lindos de morrer, com 170 milhões de plugins que dão para ir daqui até Marte montada no blog e, ao mesmo tempo, meter posts, vender automóveis, dar notícias e mais um par de botas ou mesmo um armazém inteiro de chanatas de coisélias que não me servem de nada. Outros são também bonitos e elegantes e tão básicos que um gajo quer meter o theme no theme e o plugin no plugin e encontra uma carrada de php’s todos misturados, nem se sabe o que é o quê. É o theme de enfiar o dedo que saiu numa revista, portanto, juntamente com mais um saco de praia.

Quando eu era pequena, no tempo dos dinoblogsáurios, um gajo mudava a cor da letra no html (no html! coisa também já quase extinta que isto é css e o resto é de gente que ficou na web 1.0, embora nessa altura a web não tivesse ainda números de versão), fazia a coisa com grande esforço depois de aumentar o tamanho da letra e dos espaços duzentas vezes até acertar na linha que afinal era a dos #### seguidos de uma carrada de números que significavam uma porra de um tom de cor de rosa ou cinzento e tudo aquilo era lindo, code is beauty e o caneco e até se achava uma grande espingarda.

Agora que domino (na base “olha desculpa lá, como é que eu faço isto? sim, já não me lembro desde há 10 minutos…”) o ftp, alguma coisa de css e até sei – vagamente – o que é um php e até encontro as linhas mais tarde ou mais cedo (normalmente é pró tarde mesmo), esta treta da web 2053 Odisseia no Ciberfuckingspace é um não acabar de themes para wordpress. Foda-se é pior que escolher sandálias! Estou farta de ver montras de themes e não encontro um, unzinho que me sirva! Farta! O blog fica assim mais uns dias até eu me voltar a reconciliar com o #codeisbeauty e o infinito e mais além que agora vou mas é ver um filme! Ora bolas pra isto!




O Alcance dos Escadotes

“na natureza nada se perde, tudo se transforma”

Mas para se renascer, é preciso primeiro morrer. E deixar passar tempo. Longo, suficientemente longo para que se largue, desligue, se sinta saudades e se recrie.

Era uma vez um grupo de amigas. Era uma vez – outra vez – um grupo de amigas. Não serão as mesmas, não será a mesma altura, não serão sequer algumas eventuais mesmas, as mesmas pessoas. Mas são, acima de tudo, amigas.

E basta isso. Tempo, amigas, vontade de escrever. De novo.

Nasce um blog novo: O Alcance dos Escadotes.



e acabou o verão

Já estou de casaco, mantinha em cima do edredon da cama, com um tudo nada de frio nas plantas dos pés descalços, geladinha a almoçar na esplanada e é isto, acabou o verão. Durou mais ou menos um fim de semana, que foi uma merda de fim de semana porque estava calor e neura (principalmente esta última) e agora tenho que esperar um ano até ter outra vez um fim de semana de verão (e esperar que seja melhor do que o deste ano). Ora bolas, isto é triste…


Desta ia sendo 100nada mesmo

Fiquei para lá da histeria absoluta. Género aparvalhada, muito quietinha e sem me mexer muito, não faço ideia do que é que terei dito, mas foi pouco. Basicamente desliguei quando fodi o blog todo. Naquela, ora então agora se clicar aqui neste botão.

Recomeçando do princípio. Há dois dias passei a ter acesso a tudo do 100nada, já que não percebo nada disto mas tenho ao lado quem perceba. Assim podia mudar themes e mexer nas coisas, sem ter que andar sempre a chagar o Paulo Querido que, como toda a gente sabe, é o meu senhorio desde 2003. E não quero outro e já se verá porquê, uma vez mais, cinco estrelas.

Ora meti uns themes e andei a meter plugins e coisas aqui e ali, toda contente a aprender a mexer em ftp’s e isto afinal até é simples, mas (um dos plugins dava erro, sei agora) deu erro e o blog deixou de se poder ver em todos os browsers/servers. E eu vá de perguntar e ouvir sugestões e siga, vou arranjar o blog. Sem perguntar ao lado, olha lá se eu mexer aqui e apagar isto, posso? Nada, eu é “xacaberi pra que serve este botão” e aquele particular botão que cliquei

pimba

fiquei 100nada.

O blog evaporou-se. Não foi assim olha, desapareceu o template. Não. Foi, oops, fodi o blog. Olha seis anos de tralha para o car…éter dos blogs que se evaporam. Fiquei sem blog, caneco. O outro cabrão do esbranquiçado a morrer no twitter e no FB e nos blogs e nas notícias e EU SEM BLOG. Total estado de choque. O coder do lado sem acreditar que eu tinha conseguido fazer evaporar o blog assim em segundos e a ver tudo e mais alguma coisa e eu tipo estúpida completa, a dizer ahn não sei, apaguei ali ma coisa (que era *só* o blog, mas eu sabia lá), enfim, vamos tentar ver o que é mas vamos lá chamar o serviço de urgência urgentemente e eu a mandar emails e DM’s ao Paulo que, no meio de imensa coisa que estava a fazer, agarrou no meu blog e ia dizendo “calma, calma” e “há backups” e arranjou tudo.

Ninguém mais faz isto. Ninguém naquele momento vê uma tontinha em pânico absoluto e larga o que está a fazer para lhe arranjar o blog. Só o Paulo. Fez isto hoje e fez isto sempre. É isto. OBRIGADA! :)



Os elefantes da 2ª Circular (take 2)

Se muita gente seguiu os meus elefantes voadores e toda a história de ilhas e ratos e elefantes incautos, pouca saberá que esses elefantes abriram as asas na 2ª circular há cerca de dois anos. Depois transformaram-se numa história mas, nessa noite, eram apenas elefantes voadores saídos de uma data de garrafas de vinho.

E foi exactamente uma das pessoas que não via desde esse jantar que disse hoje isso: “dois anos”. Tempo demais, tá mais que visto. E, no entanto, como se nos tivéssemos encontrado na véspera ou como se nos conhecêssemos desde sempre. É isto a amizade, coisa tão banal como uma série de amigas a jantarem numa esplanada. Coisa tão especial, como todas as conversas que tivemos esta noite. Tenho todas estas mulheres dentro e nem pensar em esperar mais dois anos para continuar o resto que ainda ficou por dizer (nunca se esgota, claro!).


100temperatura

Quando toda a gente se queixa do imenso, brutal calor e alguém cobre os ombros com uma écharpe ou dorme de edredon fininho e se sente mesmo mesmo confortável, esse alguém sente-se assim um tudo nada offline da temperatura, desligada dos muitos graus; tem até um bocadinho de vergonha de confessar a si mesma que, uma vez por outra, sente uma brisa mais fresca e talvez uma mantinha, de verão, vá, era capaz mas enfim, dado que provavelmente estará mesmo o tal calor todo, ultrapassa esse arrepio.

Que eu sou assim, um bocado a parecer que me desligo sempre, de tantas vezes que realmente me desligo, desligada de quase tudo, no fundo, menos daquilo a que estou mesmo ligada e há alturas em que me desligo mais ainda do resto ou me ligo a qualquer coisa que me distraia do tal aquilo a que estou mesmo ligada e fico assim, como sou, um bocado a parecer que me desligo sempre.

É é bem provável e até acredito que esteja um calor avassalador já que toda a gente se queixa mas estou de tal forma concentrada naquilo a que estou ligada que não há temperatura que me toque, offline que estou do tempo. E não, nada disso me angustia, antes pelo contrário, me tranquiliza, embora me espante, talvez, não por surpresa mas por confirmação.