No concelho de Oeiras há uma coisa nova que são os “Oleões”. Onde se deita o óleo usado que depois é reciclado.
Ora eu reciclo. Um bocado naquela, vamos ver se depois isto realmente é mesmo reciclado ou se vai tudo parar ao mesmo aterro, mas realmente o que se junta é absolutamente incrível, a carrada de lixo que é reciclável, portanto reciclo na esperança de contribuir para a ecologia e o mundo melhor e mais limpo e essa coisa toda.
Havendo o tal “oleão”, há uns dias fritei uns croquetes, coisa raríssima em casa, fritos, mas calhou. No fim, agarrei numa garrafa, despejei o óleo e coloquei a garrafa ao lado do caixote do lixo, junto do lixo para reciclar e dentro de uns sacos de plástico do supermercado, já que a dita garrafa tinha ficado um bocado suja por fora, que a minha pontaria ao gargalo não é das melhores.
Depois veio a minha empregada e levou o lixo, incluindo o para reciclar, mas como já está avisada que aquele não é para o lixo normal, depreendi que teria levado para os respectivos eco-pontos e ficou o problema resolvido e eu agradecida.
Ontem à noite, sentei-me na varanda, acendi um cigarro, agarrei numa garrafa de ice tea geladinho acabado de tirar do frigorífico, estava uma noite excelente, quase ainda verão, uma lua já menos cheia, bastante calor até e dei um gole no ice tea. Uma golaça até, daquelas que vão directas à goela, quase sem passar na casa papilas gostativas…
…”este ice tea não está bom!” pensei eu, nas milésimas de segundo que antecederam a moedinha a cair
como caiu directo ao estômago um belíssimo gole dos grandes de óleo de fritar croquetes.
Pois é.
(não ser água-rás para reciclar foi a minha sorte…)