100nada

Despacho já isto e tá a andar

Prémios Blogs 2005

Prémio Melhor Blog: 100nada
Prémio Melhor Autor: 100nada
Prémio Posts Mais Originais: 100nada
Prémio Melhores Comentadores: 100nada
Prémio Melhores Referrers: 100nada
Prémio Excelência: 100nada
Prémio Bom Feitio da Blogsfera: 100nada
Prémio Melhor Liga de Ódios de Estimação: 100nada
Prémio Template Mais Elegante: 100nada
Prémio Maior Ego: 100nada

(nota: aceitam-se outros prémios que eventualmente queiram atribuir a este humilde tasco)



Ah poizé

– Não percebo esta porra! Eu que detesto vegetais e legumes e hortaliças estou aqui a comer crepes de vegetais e gambas com rebentos de soja e galinha com cogumelos e mais umas coisas cortadas aos quadrados que tem mesmo ar de legume ou bambu ou lá o que é…
– É que esta merda sabe toda ao mesmo!

Olha, lembrei-me agora das presidenciais, vá-se lá saber porquê!


Ma beca irritadeca

Não se pode dizer que seja por isto ou por aquilo, é mais coisa vaga de soma – a soma das partes é maior que o todo? Não, uma espécie de oposto; o efeito coiso que me escapa a palavra: é sempre assim, um gajo a querer escrever palavras de setemilequinhentos mas só saem é coisas como coiso e aquilotazaber e tusabes!aquelaporra!

sinergia caneco! Bolas!

onde é que eu ia? Sinergia de irritações mínimas. Isso ou coisa (mais um coisa) que o valha, acho que dá para perceber (vagamente) a ideia. Por um lado, fome, evidentemente, um gajo ou escreve com alguma coisa (outra) que o incomode ou então tá lixado, tudo lindo na faltinha de assunto. Escrever com alguma fome, os pés gelados, uma dôr de dentes, isso sim, já dá para desenvolver um tema qualquer, mesmo que seja um auto-tema: o tema por si mesmo; palha por assim dizer, mas desde cedo se descobre que é com isso que se alimentam os burros e burros házios às medas. (não quer dizer que os meus leitores sejam, isto é um post generalista exterior aos leitores, um texto para não-leitores, claro)

Com tanta coisa (mais uma) acabei por não listar as restantes irritações mínimas. O tempo foi passando e a fome foi passando a irritação média. Antes que entre em máxima força, vou andando. As mínimas prosseguem, exteriores ao post.




Assim não se aguenta!

Tá tudo estragado! A lista blo.gs foi com os porcos, agora voltou com uns links todos marados, o Apedeites igual, não tenho paciência para começar tudo de novo em kinjas e bloglines e mais sei lá o quê. Não há actualizados. Não leio blogs. Vou vendo os do weblog (que está todo bonitaço com novo design) e clico nos meus links por ordem alfabética: o que quer dizer que aí até ao D, E, F, e a coisa ainda marcha, mas a partir de certa altura fico farta de clicar em blogs e perder tempo porque estão na mesma. Leio os que estão nos favoritos do computador, uns cinco ou seis.
(vem mesmo a calhar que ando sem paciência)


Mau feitio, eu???

Era um fim de semana como outro qualquer dentro de um hiipermercado. O que significa que todas as pessoas que não conseguem ir durante a semana, em chegando sábado, armam-se de muita paciência, lista de compras e moedas de cinquenta cêntimos para o carrinho e avançam sem medo contra todas as outras criaturas de merda que tiveram a mesma ideia. Com filhos é ainda mais giro porque eles dispõem de uma mobilidade prórpia que os leva a quererem sempre ir para os corredores das bolachas e das gomas e fazerem fita se acaso nos demoramos mais a escolher o detergente da roupa. Acabamos na caixa com o carrinho cheio de mais embalagens de bolachas do que era suposto, faltas na lista e mais grave ainda, a paciência toda já se esgotou entre o tipo que estacionou o carrinho no meio do corredor e foi à vida dele, a palete (que deve ter mais tês e éles que esta daqui da frase mas que não me apetece agora ir ver quantos e onde) que ia atropelando o garoto e o dito garoto que está farto de ali estar (e cheio de razão).

E, invariavelmente, na caixa está uma fila enorme, demora-se uma eternidade até chegar a nossa vez e enquanto acabamos de colocar as compras no coiso das compras, a criança há-de enfiar-se por baixo desse coiso e emergir coberta de lixo e cotão. Ralhamos e enquanto isso, depreende-se mais tarde, a pessoa da frente já pagou e um empregado fez a pergunta ao cliente seguinte (a mãe desvairada que tira bocados de cotão da cabeça do filho), tem cartão família?
E o cliente atrasa-se uns segundos a responder.

É como nos semáforos.

De repente, vindo do nada (o nada sendo aqui talvez o número três abaixo na fila atrás) aparece um daqueles velhos que tem sempre uma buzinadela para dar. E a buzinadela reza mais ou menos assim

olhe lá! ande lá com isso para a frente, tá óvir? Estas gajas com a mania a atrasar as pessoas que estão à espera, é sempamemamerda! Ande lá com isso! Sempasmesmas! Váláver! Ande lá com isso óóó!

e depois mais baixo, mas ainda bastante alto

éxtópida!

A extópida primeiro fica com cara de parva e nem percebe. Por segundos olha à volta para ver com quem é aquilo até perceber que é com ela. E depois passa-lhe uma coisa pela vista e a coisa é vermelha de fúria.

Volto-me para trás, vejo a fila toda em suspenso, as caras satisfeitas das pessoas por ter havido alguém que deu uma bela lição à tal gaja extópida, o velho a resplandecer de glória e abro a boca

CALMA!!!!

E só depois é que percebo que aquela palavra me saiu do fundo da alma. E a alma quando se quer fazer ouvir, faz-se mesmo ouvir desde a caixa 36 até à 40 (e para números abaixo idem, mas estou farta de contar pelos dedos e agora não estou a ver se é da 32 ou da 33).

Dou conta de três coisas ao mesmo tempo:
– dói-me imenso a garganta de repente (mais tarde percebo que fiquei rouca)
– está um silêncio de morte num raio de 20 metros
– o meu filho continua a rir e a tirar cotão das calças (ou é imune ou ensurdeceu)

Ninguém diz mais nada. Nadinha nadinha. Eu estendo o cartão família e digo mais baixo
– era só o que me faltava e agora vou demorar mesmo muito tempo a arrumar as minhas compras

mas não é preciso.


Eu nem gramo muito Saramago

enfim, como pessoa pública, nas opiniões que dá.
E, para falar verdade, também me custou sempre mastigar aqueles princípios: até acabar por desistir.
Num único caso, li que nem uma louca, doida com o livro e sempre a pensar, bolas, se gosto tanto disto, também devo gostar dos outros, mas nesses acabei por nunca conseguir passar das páginas 30, 40, 50.
Até agora, no ‘As Intermitências da Morte’. Nem sei o que estão a fazer a ler este post nem eu a escrevê-lo, doida para continuar a ler. E caneco, o homem até pode ser execrável, mas escreve bem como sei lá o quê. Vou dar-lhe outra oportunidade em todos os que, em tempos, coloquei de lado.

Essa coisa da escrita é realmente fodida: um tipo pode parecer ser uma besta e escrever divinalmente. Mas há muitas vezes aquela embirração com a pessoa que o autor aparenta ser e depois influencia-nos a leitura. Ou o contrário.
É muito difícil ser-se completamento isento.
Isto serve para tudo.

(este post era de ontem, mas eu queria acabar o livro e deixei-o a meio – e ao livro quase no fim)


Jingóbel e tal

Ó prá gente em Dezembro quase no Natal já viram? É uma beleza caneco! É árvores e luzinhas e presépios e presentes e fitas e laços e paz na terra aos homens de boa vontade e aqui no meu tasco o espírito natalício há-de vingar nem que seja ao estalo!