100nada

mas antes

Toma lá uma biqueirada, blog estúpido! Tens alguma coisa, meu tasco de merda, que te meteres nas minhas birras? Hein? Tens alguma coisa que me servir de saco de boxe? Hã? Tens alguma coisa que andar a fechar e a abrir e a fechar e a abrir? Dois pares de estalos! Um em ti e outro em mim…:DDDD e põe-te a andar antes que te apague todo! Ouviste? Quem manda aqui sou eu, blogueco de treta! Porra, que mania, pá! Tens três anos, caneco, já tens idade para te comportares como um blog adulto! Agora FICA QUIETO NO TEU CANTO E NÃO CHATEIES AS PESSOAS! Principalmente NÃO ME CHATEIES A MIM!

Blogs…todos iguais, uns egoístas de merda, só pensam neles. Há pachorra???




Olha o testezinho catita!

Você é Cai Neve Em Nova Iorque:
você é daquelas pessoas com uma sensação constante de que falta sempre alguma peça no puzzle…. Inconformado com a vida e com as voltas que ela dá, gosta do seu espaço e preza manter-se isolado.

Cai neve em Nova Iorque / Há sol no meu país
Faz-me falta Lisboa / Para me sentir feliz
Não há mais pôr-do-sol / Em Sunset Boulevard
Cai neve em Nova Iorque / Ninguém vai-me encontrar

Falta uma peça no puzzle! AHAHAHAHAHAHAHAH!
O Soutor aí mais na Europa, atente neste teste. Meti o José Cid no blog!
(nunca mais vou ter descanso agora, tou feita…)

Só a minha querida Maresia para me deixar a rir entre o café e a torrada e postar a estas desoras!


Notícias frescas

As alfaces, os rabanetes, os tomates e as cenouras continuam a crescer com saúde e sobrevivem ao coelho que vive no buraco da oliveira que está mesmo ao lado (acho que foi de propósito que me deram aquele pedaço para a minha horta, mas o coelho não está a cumprir as expectativas de quem se calhar não queria um couval ali no meio…)



The kindness of strangers *

(* título descaradamente roubado a um livro que nem nunca li. E também não são strangers, mas fica bem ali em cima, agora já tá)

Se eu fosse uma criatura organizada e se eu arrumasse os meus textos – incluindo aqueles que estou a escrever no momento, como este – em coisas bem estruturadas, agora, em vez de aqui estar a debitar este palavreado (que aí vem), ainda estava na cave do blog à procura da porra de um texto que escrevi há uns milhares de anos-luz e que sabe Deus onde estará, que já estou farta e também não interessa grande coisa que o encontre ipsis verbis ou lá como é que se diz. Quer dizer, até interessava, agora pensando melhor, que era coisa curta mas do tempo em que eu tinha realmente muito cuidadinho a engomar bem os textos. Agora é mais como se cuspisse os caroços das cerejas contra uma parede branca, a ver se ainda escorre alguma coisa (e mais verborreico também) mais siga para bingo que não estou para me maçar com a goma e mais o ferro e o esticar de rendinhas.

Em resumo, havia um tipo que eu conheci em tempos e que dizia que as coisas virtuais valiam o desligar do botão do pc. Mesmo quando as pessoas já se conheciam e eram amigas, bastava aquele botãozinho e nada mais as ligava. E o meu texto era a mandá-lo levar na bilha, que isso era assim como em tudo, com a excepção talvez da família em natais, casamentos e funerais (quer dizer, não era nada disto o tal texto: era a versão poética desta agora mais trocada em moedas de cêntimo) porque um gajo tem sempre a opção de escolher os amigos que quer ter; e se os conheceu em blogs ou a meio de uma bebedeira encostado a um bar qualquer, já no fim da noite ou na fila para pagar o iva, tanto faz: essa merda de separar o virtual que não existe e o palerma da ponta do bar que nos tenta oferecer um copo porque somos giras que isso sim já é real, enerva-me solenemente; como se um e outro não fossem gente que a gente acabou de conhecer ali e não sabe quem é, nem de onde veio ou ao que veio (enfim, no caso do copo, temos uma vaga ideia da ideia para onde há intenção de ir, mas isso, foda-se, também no virtual, a menos que se seja completamente bronco).

Resumindo essa parte de cima: isto de conhecer pessoas aqui ou acoli para mim é igual. O que interessa é depois, se as pessoas depois ficam amigas ou vão à sua vidinha, prazer, até à próxima (encarnação). Para onde vão, que por onde vieram é absolutamente indiferente.

Isto tudo para dizer, já nem sei bem o quê. Ah. The kindness of strangers. Porque há pessoas que a gente conhece lá no tal canto do bar e depois achamos que nos dizem imenso e nem são palermas e aos poucos, ou aos muitos, vamos ficando amigos do peito, do telefone dez vezes por dia, do almoço quando se consegue, do sms a meio da noite tás bem, amiga? e essas são maravilhosas, até porque não caem do céu como as gotas da chuva, é mais como se nevasse no Algarve em Agosto, de vez em quando, miraculosamente. E aos amigos um gajo dá abraços e diz, caralho, que sorte tenho em te ter comigo e o agradecimento é global, a tudo, sobretudo a nossa sorte em ter amigos assim.

Os almost strangers é mais aquelas pessoas a quem fomos apresentados e nos conhecem um bocadinho mal. Também lá estão, à esquina do tal bar, também bebemos uns copos e também nos divertimos e tal, mas cada um na sua. E depois, aquela cena clássica da gaja parva que vai para a casa de banho (desculpem as minhas amigas, mas se nunca passaram por essa experiência nunca foram adolescentes em pleno) e desata a puxar pela toalha daquelas presas à parede a compor o rimmel e a pensar, agora é que isto tá preto (literalmente e a escorrer pelas bochechas) e nunca mais daqui saio, e os bocados de papel higiénico a colarem-se aos saltos e a puta da toalha que está mais suja que em casa os panos de esfregar o chão em dias de lama e, de repente, sem mais nem quê, uma daquelas miúdas que a gente conhece dos copos e mais nada, entra por ali fora atrás de nós, entrega um lenço de papel limpo e empresta o baton. E ainda nos diz que estamos muito bem agora e já podemos sair. Um gajo nem sabe se agradece ou não, mas nunca mais se esquece.
É isso.



Uma cartinha (que também as posso mandar)

Às vezes, escrevemos cartas uns aos outros. Cartas de coisas bonitas, cartas de coisas menos bonitas, azes de trunfo ou jokers, ganhamos, perdemos, jogamos e escrevemos. E depois, às vezes, não as enviamos. As coisas escritas…têm um som, um certo tom, outra côr que não é bem aquela com que nos vestimos todos os dias.

(até acontece que a côr é de tal forma diferente que pessoas que nos conhecem a vida inteira, nos dizem depois, essa que também és tu, começo a conhecê-la agora, não fazia ideia; e discutem coisas que escrevemos, discutem e conversam, perfeitos desconhecidos, sobre coisas que escrevemos – essas sim, com destinatário – alguém que conhecemos também presente, sem abrir a boca, porque aquela que ali se discute não é bem a pessoa que se conhece e aquilo que se discute é coisa vaga que ultrapassa as pessoas e depois decide-se que há ali um erro na teoria, quando o que se escreveu, em primeiro lugar, era apenas uma sensação e não um tratado, mas adiante que aquilo que agora refiro – coisa concreta, sobre a minha primeira crónica publicada – não tem a ver com as cartas que estão no primeiro parágrafo, mas lembrei-me e, como sempre, aluei para o lado)

De regresso às cores. Timidez, recato, vergonha, pudor, que somos aquilo mas não é bem e que cartas assim não se dizem em voz alta entre a sopa e o passa-me a manteiga se faz favor, escrevem-se e, havendo coragem, enviam-se, não havendo, rasgam-se. Ou então, mandam-se recados, pistas, procura o x no mapa, cava e encontrarás uma carta, talvez seja minha, talvez não, não confirmo nem desminto, mas olha, ela está ali! Escondem-se as cartas à vista de todos, a melhor forma de não dizer, dizendo, escrevendo para toda a gente e para ninguém, na esperança que o destinatário a encontre.

O destinatário lá acaba por encontrar a porra da carta, já farto de pistas e de andar para a frente e para trás, pensa, mas que caneco, afinal isto é comigo ou não? Lê e fica naquela, se calhar é, se calhar não, poderia ser mas por outro lado não tem certezas e vai cuscando a ver se aparecem outras, sempre a matutar se afinal é o quê, isto, mas será que é para mim, que coisa, mas é que parece mesmo e um dia lá se decide e, entre a sopa e o não te importas de me passar o pão, se faz favor, pergunta, mas olha lá, aquilo assim e assado, aquilo sou eu ou estou a ficar com alucinações? E do lado de lá, hum, pois, é que, sabes, toma lá o pão, quero lá saber do pão, mas estavas agora mesmo a pedir que te passasse o pão, esquece a porra do pão e desbronca-te mazé de uma vez!

Sim, aquela carta é connosco. Então mas e tu espetas com uma carta daquelas assim, mas ninguém percebe, ninguém sabe, só tu é que sabes do que se trata, não tem problema, e a gente, tá bem, realmente é verdade e depois acaba também a escrever umas cartinhas e a plantar pistas e a cena repete-se inversamente e é assim que funciona a coisa.

Ninguém percebe, tãoaber? Ninguém sabe.

Até ao dia em que a carta aparece noutra mão, assinadinha da silva. Olé.

Vai esta também assinada e agora ide-vos para o real caralho.

É também para isto que serve um blog.


Coisas misturadas, sentimentos misturados

O meu babyblog numa revista na página sobre internet (que é, este mês, dedicada ao Dia da Mãe), misturado com outros sites para mães (o único blog). Logo na altura em que está praticamente descontinuado.

Um texto que encontro, agora assinado; quando o li (e reli reli reli) era (supostamente) anónimo.

Faltam menos de duas semanas para este tasco fazer 3 anos. Estou indecisa.
Por agora ficamos aqui mais silenciosamente.