Havia mais qualquer coisa…
…mas agora esqueci-me do que era…
Mas esta tem que aqui ficar
Hoje vi o mais extraordinário par de sapatos que alguma vez vi na vida. Nem tanto os sapatos, mas no todo. Até aos sapatos tudo era absolutamente normal dentro do género. Casaco comprido, gola de pelo, o cabelo de outra cor a berrar com a gola, mas tudo muito parecido na fibra utilizada, gola um bocado usada, cabelo sujo mas ripado; tons escuros até às meias, transparentes, cinzento claro, talvez. E depois um estaladão de cor que me fez ficar uma viagem de elevador de vários andares vidrada naqueles sapatos.
Primeiro tinham feitio de sapatos de boneca. Com salto alto e decote redondo.
Depois eram de verniz.
E depois, eram assim:
mercado de presentes e futuros
Tudo o que me é incorpóreo investido em volatilidade.
Sobram algumas breves fugas, as minhas amigas e sempre, a minha eterna e feliz entrega .
De nada aqui reza a história, pelo que por aqui se vai pa(i)rando.
Num semáforo qualquer (ou então não)
A rapariga sai da arcada sem hesitar e atravessa a rua vazia. Chove torrencialmente mas o facto apenas é registado como estado do tempo e não serve para paragens ou abrigos. Na mão uma chave e umas moedas que são metidas num parquimetro, sem pressas. Um homem passa, debaixo de um guarda chuva, quase pára, continua a andar a olhar para trás. A rapariga tira um papel da máquina e começa a descer uma rua, velocidade de cruzeiro, como se o dia fosse completamente azul. A acrescer ao facto chuva torrencial regista outro, mais curioso: as gotas da chuva não lhe caem em cima. Não há uma única gota no cabelo, na cara, no casaco. E, no entanto, a chuva continua a toda a volta, baldes de água por todo o lado; menos sobre ela. Estou imune à chuva, ri-se ela. E quando olha para cima, sorriso aberto, apanha uma molha de todo o tamanho. Bem feita, ri-se ainda mais. Para não me armar em parva, a achar que nem a chuva me toca, em dias assim. Corre então, abre o carro, atira-se lá para dentro, encharcada. Encosta-se, passa a mão pelo cabelo e decide, claro, não será sobre o que me trouxe assim, mas será sobre a chuva que não me tocou.
Com tanto label
e já me esquecia outra vez disto!
Então eu dei uma entrevista na rádio, olé! Ah pois! Anda aqui um gajo a debitar toneladas e toneladas de palavras anos a fio (muito melhores que muitas das que um gajo lê, mas eu lá sou de andar a dizer que não valho nada? Devem estar a brincar comigo!) e raspas de rádio! Tá mal, pá!
Pois então, sigo para a segunda vida e olécas, é o sucesso, a fama, a entrevista na rádio! Ora como eu sei que os meus leitores aqui do tasco gostam muito de mim e, uma vez por outra, até clicam ali no link mas saem da coisa género isto é chinês e ela passou-se, aqui fica então o
com os meus agradecimentos ao Pedro Carvalho, do JornalismoPortoRádio.
(é só cinco minutos ou isso, aguenta-se bem…)
Só mais um, só mais um!
temos mais labels mesmo mesmo a sair!
No post, we are labels!
olhó belo label!
nem é preciso post!