Eu sei que este poderia ser um babyblog-post. E deveria ficar lá nas recordações, em vez de o perder no meio da cangalhada toda aqui do tasco mas quero-o neste sítio por duas razões:
– primeiro porque me sinto mais à vontade comigo mesma para escrever todos os palavrões que aí vêm;
– segundo, porque assim mais gente lê e pode ser que alguém aplique a estratégia de ataque que eu proponho.
Vamos lá a isto:
Este texto é dedicado a vós, meus filhos da puta de merda, sendo merda aqui a palavra chave, seus cabrões selvagens e porcos, que acham que ter o cãozinho a debitar bostas diarreicas (ainda por cima) nos passeios, enquanto olhais para o lado e vos afastais depois, todos contentes com a merda que está ali pespegada, é uma coisa perfeitamente normal, de gente civilizada que vive numa cidade e usa retrete em casa mas cujo animal pode sujar a rua toda, como se fosse uma pocilga camarária, vós, animais vertebrados de caca no cérebro, ide morrer todos e longe! Uma mãe não tem de andar uma hora e meia a limpar a porcaria dos vossos cães, dos sapatos do filho, do carro todo, dos bancos, do chão, de todos os lados onde a criança pisou até a mãe se dar conta da desgraça que ali aconteceu, tudo isto já sem luz, com o jantar por fazer e o miúdo cheio de problemas de consciência que não fez de propósito a ir para casa em meias. Mais meia hora a lavar sapatos e uma raiva tremenda, vontade de lhes esfregar aquela trampa toda nos focinhos (dos donos, os cães não têm culpa).
Aquilo que proponho é o seguinte: isto é uma guerra e nós (os pisa bostas) temos de começar a enfrentar esta praga sem dó nem piedade. Nada de papelinhos a chamar a atenção, nada de saquinhos distribuídos, nada disso vale a pena: essas campanhas não funcionam nos selvagens desta espécie, estão-se literalmente cagando para os outros.
Não.
Aquilo que proponho é o seguinte: primeiro ver de quem é o cão. Os donos são bichos de hábitos e passeiam os animais sempre às mesmas horas nos mesmos sítios , não é difícil de descobrir. Depois ver qual é o carro do dono do cão. Também não é difícil. E depois, esperar que o cãozinho faça a sua parte e a deixe ali para o sapato incauto e se vá embora com o dono, aproximar-se (eu sei, esta parte deve custar, mas é por uma boa causa) com uma espátula e
Espalhar a porcaria toda no vidro da frente do carro do dono do cão, do lado do condutor. Uma pasta bem uniformizada.
E (esta parte também é importante) não esquecer de guardar alguma para untar a parte de dentro do puxador da porta.
Para não deixar margem de dúvidas, printem este verso e deixem no limpa párabrisas:
Olá grande porcalhão.
Eu sou o cócó do teu cão
Que deixaste ali no chão.
Acho que para cada dono, bastaria uma vez…