Os portugueses lá fora (parte 2)
O meu amigo Altino Torres conta uma história de solidariedade passada fora de Portugal, entre portugueses, que lhe aconteceu. Em resposta ao meu ali de baixo cala-te cala-te que está ali um português. Ainda bem que a conta, pois é sempre bom saber destas coisas. Não tenho qualquer dúvidas que um português de bem ajude outro e concordo quando diz que os portugueses são tão bons como qualquer pessoa. Mas mantenho que existe uma certa vergonha de encontrar nacionais noutro país. A situação que relatei não aconteceu nem uma nem duas vezes:assisti a isso anos a fio. O que gostava de acreditar era que, se em vez de ser numa situação de só dar por outro português na rua, se ele precisasse de ajuda, que o português envergonhado estenderia a mão. E até admito que sim.
- Pi! Pi! Pi-pi-piiiiiiiii!
- Não será já um pouco tarde?
Li o post do Torres, de quem sou amigo pessoal, li o teu post, e sem querer puxar a brasa para nenhum dos lados, apenas considerando situações que eu próprio testemunhei, termino dizendo que o que mais se aproxima da realidade é precisamente aquilo o Torres escreve.
A situação que descreves também se verifca mas com uma frequência muito, muito menor.
Cumprimentos
Depois de ter lido os posts e os comentários, percebi que há aqui também uma certa confusão: todos falam de portugueses que vivem lá fora, do tratamento (melhor ou pior) que dão ou que recebem dos visitantes. O ‘cala-te cala-te’ é típico de *turistas* que (não) se encontram. Acredito que sim, Nelson, como acredito no que o Altino conta, porque o português que vive ‘lá fora’ até gosta de ver portugueses. Os portugueses que cá vivem é que não gostam de encontrar outros quando lá vão. Mantenho a minha: vi isso anos, centenas de vezes.