Xadrez
Assim que vi o post da Duende, lembrei-me logo deste enlatado.
Boa noite Senhores. Neste estranho lugar onde estou agora cruzam-se várias vozes e pensamentos desconexos e perdidos que não causam qualquer interesse a um Ang, palavras ocas de filhos de homens sem raízes. Mas hoje vi uma coisa que me fez parar. Um desafio. Eis uma palavra que interessa a um Ang.
Os Angs gostam de jogos. E gostam de xadrez. Acham um jogo intelectualmente curioso se bem que o princípio seja incompreensível. A um Ang é inconcebível que um Rei faça primeiro avançar a ralé e depois se esconda em curtas passadas atrás de saias de bispos, cavaleiros e principalmente da saia da Rainha. Os Angs avançam sempre à cabeça das suas forças deixando em lugar seguro as suas damas. O objectivo do jogo é matar um Rei cobarde através das tropas de outro Rei igualmente cobarde. Um Ang não compreende a existência de reis cobardes. Os Angs não mandam ninguém fazer por eles aquilo que tem que ser feito.
Wolf Ang
(pt.conversa, Fev. 2002)
- Lilices
- Hora cerveja com tremoços
Acasos que resultam. Andava à procura de algo completamente diferente. Estas palavras deviam estar a fazer companhia à imagem.
Espantoso! Nunca tinha pensado no Rei como um cobarde. Uma perspectiva completamente nova para mim. Desde sempre só o considerei limitado, praticamente inócuo.
Os nosso “reis” actuais são de outra dinastia. Nunca avançam, são meras peças de xadrês. O que se perderia, se se perdesse um destes “reis” na frente de batalha? Nada! Não sei se a ralé choraria. Antes gritaria: “morreu o rei, viva o rei!”. Nunca mais (nostradamus?) voltará a nascer um rei Ang. Para que serve a ralé?
Bom, numa perspectiva mais realista (lá estou eu a ser séria…mas que coisa hein?) poder-se-ia considerar o Rei por detrás das tropas, não como um cobarde, mas como o estratega principal. Sem essa estratégia as tropas tombariam e a guerra ficaria perdida, mais vale então protegê-lo a todo o custo…mas eu prefiro a visão romântica, não do rei estratega, mas do rei valente e carismático, daquele que avança primeiro, que inspira as suas tropas não racionalmente, mas com o exemplo da sua bravura. Uma visão medieval, mas que me parece mais justa. Se há que derramar sangue, então quem o decide que ponha também o seu à prova.
ass: Wolf Ang…:))
Angs? Ora aí está uma espécie em vias de extinção.
Realisticamente os Reis de hoje são perfeitos cobardes, que mais não fazem do que assinar papeis e ditar discursos escritos por terceiros.
Este Reis são tudo menos valentes cavaleiros medievais, podemos mesmo dizer que se confundem com marionetas que movimentadas por interesses e compadrios, sem atender a nada nem a ninguém que não lhes traga benefícios. De estrategas passaram a peões. Movimentam rodeados de conselheiros e de Boys para que a decisão seja sempre repartida e que em caso de erro a culpa possa sempre ser dividida e inevitavelmente morra solteira. São estes o Reis que temos!!!
Trolls.
Nunca serei uma boa jogadora de xadrez. Falta-me a paciência. É em frente, marche. 
Os reis de hoje são cmo os de ontem. Apesar de tudo, se dá para o torto acabam no ‘cadafalso’. 😉