Mais um chá nocturno (4)
Hoje é tília. Um chá descomplicado. Sem merdas.
Ao fim de muitos anos de demonstrações na prática (com o aviso prévio: não me peças a minha opinião, que eu ta dou mesmo) creio que tenho um pequeno dom. O de descomplicar. O dom de agarrar num problema, tirar-lhe as medidas, retirar a palha e reduzi-lo ao essencial. Claro que chamar-lhe dom é uma cagança: é apenas ter jeito, é como cozinhar (também tenho) ou coser botões (a perfeita nulidade). Este ‘jeito de descomplicar’ faz-me olhar para tudo a cores. Muito brilhantes, muito separadas, muito básicas.
Em mim, vejo nuances de cinzentos, brancos, azuis. Não sei o que é que nos faz olhar para fora e ver claro e olhar para dentro e só ver nevoeiro.
- Umbiguismo
- Post para mim
Bom, hoje aconselho-a a beber um chazinho ali mesmo, na esquina do rio (www.aesquinadorio.blogspot.com). Pode escolher, um verde ou um darjeeling. Já agora, se quiser, poderá pesquisar na Janela Indiscreta a história do chá.
A adicionar aos dotes, o da escrita, conjugado com a clara transmissão do que sentes e vês através dela.
Do nevoeiro é que a coisa se complica! Não vejo que te atrevas a impedir uma visão clara de ti, talvez essa difusa imagem que anuncias possa decorrer do tempero que o amor pelo próximo adiciona e compromete, por vezes, o modo e o tempo de, em nós, podermos ser!
descomplica-me, vai?
gosto mt de chá de tília
Descomplicar é uma arte natural, aproveita essa essência de tornar as coisas simples e apropriadas.