Apeteceu-me um repost
É o nome de um vento. Um vento que surge de lado nenhum, que sopra sem destino.
Um vento que se ouve ao longe. Um vento lento que chega quieto.
Um vento parado que apenas transforma o ar.
E o ar transforma-se com esse vento. Num segundo ainda se respira.
No seguinte o que entra deixou de ser ar. É lava. Queima tudo.
Já não se respira. Arde-se.
O vento deixou de ter o som do silêncio. Tem agora som de incêndios absolutos, de chamas empurradas, de florestas incendiadas, de arvores arrancadas, o som surdo do inevitável. Do que vem depois, do deserto de troncos queimados e de estátuas de pedra.
E mesmo assim, esse é o vento pelo qual se espera.
‘Paixao’ – pt.conversa, Jan. 2002
E para fechar uma noite de brisas quentes, encontro um vento Suão que num crescendo indomável se faz até confundir com uma tsunami avassaladora capaz de nos engolir… E nem sempre fica, mas quando nos apanha de feição, pode entrar até que nos falte o ar. Que sopre, que sopre sempre e dê cabo de qualquer nortada!
Lindo o post Catarina! Gostei de o apanhar em primeira mão. Beijinho.
E o vento a soprar…
Beijo, Catarina.
não serão ventos no plural, sei lá, aerofagia? tens cara disso