How many ships sail in the forest *
* foi uma frase que me foi oferecida sobre o meu post Quantum coisas, de uma das pessoas que conseguem ler o que eu escrevo. Achei que dava um magnífico título, é uma frase linda de uma música irlandesa com séculos em cima (fui googlar). Não sigo o poema, sigo só a frase, porque é uma inspiração por si só e agradeço, uma vez mais. Em interpretação e escrita selvagem (em itálico, a expressão é de outra pessoa que também sempre conseguiu ler o que eu escrevo).
Tenho os pés plantados em solo sempre desconhecido, tantas vezes mudei de vida, umas noutros sítios, outras só em mim e talvez por isso tenha a cabeça mergulhada debaixo de água. Todas as pessoas têm os pés em qualquer lado, algumas acima do chão, outras como os meus, sempre cravados à terra, seja ela o que for e se isso me causa alguma imobilidade ou dificuldade de movimento, também é certo que entendo muito bem tudo o que vive neste mundo de árvores integrais, embora estas estejam quase submersas.
[durante uns anos vivi com um pé tão longe do outro que só me conseguia plantar no segundo em que voltava a ver o mar]
No fundo (quase literalmente) há pessoas que só se sentem reais quando estão imersas e só existe
nem sei bem o quê, diria falta de ar se não soasse tão estranho
mas pensando no cordão de raízes nunca é de facto assim tão perigoso
embora seja uma emoção forte, sem sombra de dúvida
E se há pessoas que são quase árvores submersas, não há nenhuma razão, nenhuma, para que não se transformem em barcos
basta terem coragem para cortar amarras.
as many as the number of brave trees.
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