Vidinha animada e ainda nem é meio dia

Não me posso queixar que não me acontece nada…hoje chegada à escolinha, fui parada pelo director: o seu filho já consegue boiar na piscina (que até agora parecia um V de braços e pernas), quer ver? Saca do telemóvel com fotografias. E agora, diz ele, como é que lhe mando isto, não sei mexer nesta coisa…eu lembro-me dos infravermelhos (que também não sei fazer) e vou buscar o meu. Não trouxe.

Volto para casa, vou a correr buscar o dito. No caminho reparo que deveria ter metido gasolina na véspera, o que vale é que no fim da rua há uma bomba…a bomba tem um camião cisterna à frente. Está a abastecer. E a bomba mais perto é exactamente no caminho que eu já sei que vou apanhar trânsito…nada a fazer, sigo para a bomba a quarenta.

Depois de carro atestado, um intervalo de marginal sem grandes filas. Bonita manhã. Altura de fumar um cigarro. O isqueiro está vazio. Mas eu tenho sempre mais um…encontro-o. Também está vazio. Vão juntar-se ao lixo que vai crescendo dentro do carro. A última vez que tentei usar o isqueiro do carro estava avariado…pelos vistos na revisão lá olharam para ele. As coisas começam a compor-se. Fumo o meu cigarro. Bonita manhã…até chegar à Calouste Gulbenkian onde começa a fila nos azulejos. Já sabia…vinte minutos até ao semáforo.

O que salvou tudo isto foi ter estacionado em cima do passeio. E depois o carro no lugar à frente ter saído. Atirei o meu para lá. Pelo menos só está sem papel de parquímetro agora. Porque não tinha trocos.

Há semanas feitas de segundas feiras.

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