Círculo (vicioso)
E por uma vez, uma só, sem exemplo (outra vez?), a carregar um ramo a arder, a pegar fogo a tudo o que encontro no meu caminho antes que a chama me queime as mãos, corto a ponta dos dedos, uma vez, uma só (outra vez?) e deixo sair uma torrente de palavras que vou acumulando, as inúteis (porquê) as vagas (não sei) as desesperadas (Porquê? Não sei!) as desistentes (não escrevo) as amuadas (e pronto) as cínicas (que se lixe) as de raiva (merda para isto tudo!) as de ódio (apago tudo!) e as de lágrimas (porquê) e à luz de um incêndio circular, percebo que é tudo inútil.
E enquanto a chama cauteriza os meus dedos, apago o fogo com um balde de palavras geladas.
- Auricular ou não?
- Podia por ali a depressividade em baixo
Axo melhores reabasteceres-te de produto de melhor kolidade, miúda…
Assim ainda flipas…
As melhoras!