25 de Abril
E cá estamos, no 25 de Abril. Para mim continua a ser o Dia da Liberdade. Continuo a manter intacta a memória desse dia, da minha pergunta “agora já se pode falar? mas antes não se podia? eu digo sempre o que me apetece…” do alto dos meus 10 anos. Se calhar, por ter sempre dito o que me apetece, quanto mais não seja. Por toda a gente poder dizer o que apetece. É mais ou menos isso, a Palavra. As Palavras todas. Todas. E depois, tudo o resto que vem com a possibilidade de poder usar Todas as Palavras, Todas as Frases, Todas as Ideias, Todas os Conceitos, Todas as Convicções. Acima de tudo, essa é uma dádiva maravilhosa.
- 24 de Abril
- o tempo a voar
Pingback: Catarina Campos
E juntar quantos quisermos à nossa volta para ouvirem todas as palavras e proferirem outras tantas
Tirando a parte dos 10 anos (eu tinha exactamente o dobro), assino o resto. Liberdade para dizer, ler e ouvir – todas as palavras, todas as ideias, todas as convicções.
Viva a Liberdade!
nem todas as palavras: podes apanhar com um processo do senhor injinheiro…
Não interessa muito, que eu tivesse um bocadinho maiss do triplo.
Vá.
catarina, eu há tanto tampo sem conseguir «encontrá-la». Até que aquelas suas palavras, OBRIGADA.
Pois a nossa casa TODA, mesmo TODA de pantanas.
Mas 25 de Abril, valeu e vale.
A esperança é sempre maior do que nós.
Por isso, aí vou p’rá rua.
Ouvir as pessoas.
Comprar cravos.
Um beijo enorme.
Temos que almoçar. Eu vou a qualquer sítio.
E um cravo para si.
Amigo.
Querida Catarina, o podermos ‘falar’ (mesmo que seja só isso, e não o é) é uma dádiva que só quem não pôde ou podia, ter força para apreciar.
Falta imenso, tivemos enormes desilusões, mas se estamos mal, o certo é que sem Abril estaríamos muito pior. Disso não tenho eu a menor dúvida.
Viva Abril!!!
😀
Ups! falta um pouco ao meu comentário para poder ser entendido.
Queria eu dizer «uma dádiva que só quem não pôde ou podia fazê-lo, tem agora força para apreciar».
É… assim se chega aos 45…