O tempo que me foge
ou já fugiu, nem sei bem.
Creio que comecei, lentamente, muito lentamente e sem dar por isso, a envelhecer. Daqui para diante é a desgraça, a decadência, os dias descendentes…
Irra! Vou mas é tomar um cafezito à Fnac a ver se passa! Dasse!
- se eu
- Adufando…
Tem calma! eh! eh! eh!
Um abração do
Zecatelhado
Minha jóia: isso passa, ou melhor, passa por todos.Ainda a semana passada tive assim uns dias de desconsolo, quase desespero, sei lá! Uma gaja olha para umas putas dumas fotografias de há alguns anos atrás e já não se reconhece, a roupa deixa de servir, parece que tudo gira indiferente à nossa melancolia…e pronto: ‘tá-se deprimida;
Zás! É tiro e queda, nada fazer! uns ataques de choro, uns dias com olheiras até ao cotovelo mas depois arrebita. Não sei explicar como mas arrebita. FORÇA!
É a coisa mais natural… falta a potência mas cresce a vontade!
Estas crises existenciais batem forte mas passam depressa.
E isso é viver. Quando se sente que se está a envelhecer é sinal de cabecinha no lugar; só quem tem capacidade de se conhecer é capaz de ser jovem.
Mas, minha querida, com essa idade e essa presença?!!! Não me enfie “garruços”.