100nada

Não costumo escrever coisas sobre a família

ou escrevo, mas são vagas ou desviadas ou são histórias que podem ser sobre qualquer família.

Mas hoje guardo aqui que, no almoço dos noventa anos da avó, esteve um dia lindo. Que a avó estava muito contente. Que estivemos todos no jardim e que havia senhoras ainda mais velhas, todas elegantes. Que havia todas as gerações, de filhos, netos e bisnetos e sobrinhos e sobrinhos netos e sobrinhos bisnetos e primos e primos netos e primos bisnetos. Que estavam três primas grávidas (acho eu! ou havia mais alguém?!) e montes de miudagem a correr por todo o lado. Que eu bem digo que a família lê silenciosamente mas algumas pessoas me dizem, antes do olá, “o que me ri com a cabra cortada ao meio!” (e já ninguém sequer refere o vernáculo…). Que o tio Z.C. foi amabilíssimo e trazia no bolso uma pen para me emprestar, com a cópia da árvore geneológica que, no verão, lhe tinha dito que gostava muito de ter. Já não há desculpas para não saberem como é que somos todos primos. E, já agora,fica aqui uma ideia e um recado: digitalizar as fotografias antigas e distribuir por toda a gente, que tal? De preferência com legenda de quem é quem!

Post para a família, comentos ao vivo ou para o telefone.