O ceu negro sobre a provincia
(sem acentos ainda fica mais ridiculo o escrevinhar de postais, mas va’)
O ceu negro sobre a provincia, ‘a hora do cigarro depois do jantar, era quase branco. Nao me perguntem a razao, ceu encoberto, escuro em todos os lados, menos naquele. Um sobressalto, ver o recorte dos choupos a uma hora em que a mancha se junta ao ceu. Lua, pergunto-me, sem saber a quantas ando, se estas noites sao de lua ou nem por isso. Mas nem e’ hora, nem sera’ lua, provavelmente, talvez a luz la’ mais longe, sobre a cidade (agora e’ cidade), hoje acesa, um jogo? Nao sei. Muita interferencia da civilizacao, aqui, onde se quer um ceu negro (e tambem gostariamos de estrelas, mas cheguei de ferias e trouxe nuvens que so passam ao entardecer, uma hora ou duas). E depois, um motor potente, tambem la’ longe. Adivinho rotacoes altas, mudanc,as a serem mudadas, sempre a aumentar e fico ‘a espera da rotunda ali a uns quilometros. Eu espero, o condutor e’ apanhado de surpresa. Nao ouc,o travoes mas as rotacoes reduzidas muito depressa. Um silencio…depois o arranque. Aquele nao vai abrac,ar a relva de mais uma rotunda de provincia. (quando a rotunda foi feita, sem luz na estrada, era desporto ir ver qual o carro que la’ tinha ficado de noite *).
* inventei esta parte mas fica bem como epilogo.
- a tal linha da internet
- Hei-de estar a dormir