Vou guardar isto aqui!
A trabalheira que me deu a encontrar. Bolas, foi mergulhar nos grupos do google até à raiz dos cabelos.
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Há muito tempo que aquilo que sei sobre as almas gêmeas é o ENORME erro que
se comete quando se encontra a sua.
É que eu já encontrei uma ou duas almas gêmeas na minha vida. Graças a Deus
não cometi esse erro. E o erro é o de pensar que a nossa alma gêmea é o
nosso grande amor. Errado! Grande engano! A nossa alma gêmea é aquela que
pensa igual a nós, que é tão, mas tão semelhante, que passou por coisas na
vida que parecem impossível acreditar, porque nós também passamos pela mesma
coisa, e sentimos o mesmo, e não gostamos de salada, e gostamos da mesma
música e não é sequer preciso falar para saber o que o outro pensa. É isso
um gêmeo, um ser igual a nós, que nasceu do mesmo sítio ao mesmo tempo. O
erro é confundir esse sentimento de descoberta incrível com amor. Claro que
é amor, claro que é importante e claro que é uma experiência maravilhosa,
mas não é esse o amor das nossas vidas, que nos preenche, que nos completa,
porque esse não pode vir de alguém tirado a papel químico e sim de alguém
que na sua diferença, nos complementa.
Evidentemente que há confusão de sentimentos e é preciso manter a cabeça
fria e falar dessa baralhada com a alma gêmea: foi o que fiz e chegámos à
conclusão que eramos tão iguais e queriamos tanto as mesmas coisas que não
era um no outro que as encontravamos e sim – curiosamente mas ao mesmo tempo
compreensível – em outras pessoas que essas, sim, também eram parecidas.
Hoje mantenho as minhas almas gêmeas preciosamente como os meus melhores
amigos, aqueles que não é preciso falar para saber que o outro nos está
nesse momento a chamar. Adoro-os. A minha vida sem eles seria muito mais
pobre e incompleta. Saber que eles existem é consolo para os dias mais
negros. Porque sei que aparecem logo assim que pressentem que estou num dia
assim e eu também sei quando precisam de mim.
Mas…o amor da minha vida é bem diferente de mim. E nessa diferença está a
riqueza desse amor. No descobrir. No crescer agora juntos e um para o outro.
No construir alguma coisa só nossa, quando um tem tijolos e o outro
madeiras. Um traz sóis e o outro traz estrelas.
E não me digam que ambas as coisas são o mesmo: não são, mas esse é o
segredo de construir um amor.
(22.03.2001)
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Um gajo é memo ingénuo quando é novito.
- xame ver macoisa…
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Mas que é bonito, lá isso é…
Claro que passar por aqui é sempre instrutivo. Xicoração.
Obrigada.
(outros tempos, menos cinismo talvez)