100nada

Hipermercado / auricular / consulta literária

– Olha lá já leste o livro do José Rodrigo dos Santos?
– Eu não e tu?
– Eu também não.
– E estás a perguntar porquê?
– É que ele está ali a dar autógrafos.
– E então?
– E então queria saber se era bom.
– Não faço ideia. Não conheço ninguém que o tenha lido.
– Nem eu. Se calhar ninguém leu…

(e depois, ao ver a fila que ali se organizou, fiquei a pensar quantos daqueles que o apresentaram ao autor para o assinar, o iriam ler – que querem, faz-me confusão esta coisa dos autógrafos nos hipermercados)

12 thoughts on “Hipermercado / auricular / consulta literária

  1. Carriço

    Ainda não li, mas é dos que me desperta curiosidade e que espero ter o prazer de folhear. E se não estiver a ter esse prazer… encosto-o com a mesma facilidade! :)

    Saudações

  2. Rui Semblano

    Foi a mesma ideia que tive quando o vi a fazer o mesmo na FNAC de Santa Catarina, no Porto. Mas aí, a fila tinha só três pessoas. Acho que o JRS é mais hipermercado, mesmo… :)

  3. MN

    Confusão também fazem-me as resmas de romances históricos que, qual cogumelos, saltam do chão nesta era pós “código da vinci”. Não eram preciso tantos…

  4. Nelson Santos

    Parece que é campeão de vendas mas, das pessoas que conheço que já leram todas as duas dizem que aquilo é um código Da Vinci wannabe. Bem escrito mas pouco mais que isso…
    Mas as opiniões, já se sabe!

  5. ruizocas

    eu já li e é muito bom mesmo… que chatos estes blogs… não há um que se aproveite… eu kero k toda a gente leia o meu pensamento… eu blá blá blá…este é um fixe. não sei deve ser… amanhã já sei. quer dizer. afinal é Natal, ou não é? o capitão anal… chefe das tropas Russas, quer dizer comandava um submarino, pá um dakeles que íam ao fundo e tudo. depois vem a passagem de ano as eleições e finalmente o canarval (he pá isto resume tudo) a minha amiga russa veio cá a casa fazer-me uma massagem. quem quer saber? eu li uma passagem do livro… ela gostou, eu também… pá ya aqueles lugares com muitas lojas e entre kilos de arroz e batatas vemdem livros. o k kerias? eu pedia-lhe que me autografasse as batatas…

  6. TheOldMan

    Garanto-te, Catarina.

    Se entrasse no Jumbo e encontrasse Mc Ilhenny a dar autógrafos, eu seria o primeiro a ir para a fila, só para ter o meu frasco de Tabasco Jalapeño autografado.

    Há criações que merecem esse sacrifício…

  7. zecatelhado

    Antes da tradicional pausa para a quadra Natalícia, queria enviar-te os meus votos de um SANTO E FELIZ NATAL.
    Que tudo o que sonhas se realize.

    Aquele @bração do
    Zecatelhado

  8. Vi

    Pois se calhar isto dos livros nos hipermercados é um bocado como aquela história do Maomé e da montanhab – que é como quem diz: são poucas (muito poucas, pra não dizer raras) as pessoas que acham que um livro é um bem de primeira necessidade, e que entram numa livraria para os comprar; logo, já que as pessoas não vão ao encontro dos livros, têm que ser os livros a ir ao encontro das pessoas. Se encontrarem um livro entre uma garrafa de óleo e um pacote de detergente, até são capazes de o levar pra casa, sobretudo se for com um autógrafo do autor. O que tamém tem tudo a ver com o consumo de “Caras” e reality shows, que é “ver os famosos ao vivo”, e poderem gabar-se “eu estive com ….”, “eu vi-o/a…”.
    Era giro, por exemplo, comparar o tamanho das bichas (não tenho medo desta palavra, que era a que se usava quando eu era mais nova) de pessoas a pedir autógrafos ao José Saramago na Feira do Livro – antes e depois do Nobel…

  9. ic

    olá

    Olha eu gostei bastante do livro, provavelmente não ia para nenhuma fila para os autores escrevinharem no meu livro, mas o livro é bem giro, e que mal tem se é parecido com o livro X ou o Y ?, fala ainda por cima de um português que fez uma descoberta ou um achamento, que mudou o mundo. Se isso não é interessante pelo menos é patriota, não?.

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