100nada

A procissão, balha-me Deus!

Por incrível que pareça, só hoje a ler a Focus é que percebi o que era isso da tal procissão que toda a gente falava! Nem me queria acreditar: então não é que – este post vai ser mesmo estúpido, já que toda a gente sabe menos eu, mas isso não me tira o espanto que aqui vou tentar pespegar – a estátua veio a Lisboa? A estátua veio a Lisboa!!! Mas por que raio? E não foi ao Porto, a Braga, a Évora, a Faro, a Coimbra, a Leiria, a Aveiro, a Beja, porquê??? Ou anda itinerante e eu também não sei? É um tour?
Cada coisa mais extraordinária que acontece: se me tivessem contado que a estátua andava às voltas no Marquês com uma carrada de gente à chuva atrás a tentar manter a chama das velinhas eu matava-me a rir e não acreditava de todo!

Ora francamente este post não é anti-católico! É anti-ridículo! Uma coisa é a fé, outra o circo!

0 thoughts on “A procissão, balha-me Deus!

  1. MLeiria

    Estátua? Bem, de facto até é, mas diz-se Imagem, a Imagem da Virgem e não a Estátua da Virgem, O.K? Então, não foi à Procissão; pensei até encontrá-la lá… Eu fui e garanto-lhe que, de circo, nada tinha. Fé, isso sim! Cá para mim, é mesmo a única coisa que explica o inexplicável- aguentar firme debaixo de uma chuvada feia… De resto, e até comparando com as que se fazem em Espanha, o “espectáculo” deixou muito a desejar: nem uma banda para alegrar os ânimos e mesmo a GNR se ficou por uma guarda de,creio, 6 montadas; Charanga, só para o render da Guarda que é bem bonito, claro, na sua opinião talvez tb. outro circo…
    É, quem comparece, mesmo sem fé, emociona-se. Vá-se lá saber porquê!
    Ridículo, porquê? Está aí e faz parte da nossa cultura e de outras; será a Cultura ridícula????
    Mesmo assim, parabéns pelo blog, que visito regularmente.

  2. Isabela

    Bamos lá ber a blasfémia: não é “a estátua veio a Lisboa”, mas a estátua beio, beio a Lisboa, sim! Em itinerância, à bolta do Marquês. E bou-te dizer mais, a senhora minha mãe informou-me que a estátua boltou a Fátima bigiada pela polícia para não ser roubada, porque é muito baliosa. E eue engoli em seco e não respondi, porque não sou blasfema, como tu! Hum?!!

  3. vanus

    No tempo em que eu percebia disso, havia de facto uma imagem da virgem de fátima que dava a volta ao país, era itenerante, ao mesmo tempo que existe uma outra que nunca sai do santuário. São as duas iguais e segundo sei, únicas.
    Acontecia, cada vez que essa imagem itenerante saia para ir a determinada localidade, uma procissão. Talvez tenha chegado o momento da itenerante vir até lisboa, pois ela vai, ou ia, a toda santa terrinha e demora muitos anos a dar a volta ao país; digamos que não é centralizada nas grandes ou pequenas cidades.
    A razão, acho eu, é levar a virgem até aqueles que não se podem deslocar até fátima, quer por motivos físicos, quer por motivos financeiros. E não me parece, neste sentido, tão despropositado assim.

  4. Joao B

    Gosto de te ler,

    és uma consciência agitada.

    mas…
    “não estou iludida; ou, se estiver,…” não seriam as minhas ilusões previligiadas?

  5. susana

    eu acho que aquilo não é uma estátua, mana. é uma imagem (iconografia) e não é do domínio da estatuária, mas da escultura religiosa. (dito assim com ar douto.)

  6. ML

    Devia ter comentado isto na altura certa, mas passou-me. É o que dá a gente não vir todos os dias ao 100nada! Agora entre este e a Sociedade acabo por não ter tempo para tudo que também tenho de cuidar do meu estaminé que se não for eu mais ninguém lhe pode dar assistência.
    Mas voltando aqui ao post. Olha Catarina, imagina que me aconteceu o mesmo. Passei mesmo ao lado do acontecimento. Nem dei conta a não ser quando me falaram.
    Claro que estas coisas da fé é com cada um, como já aqui te disserem. Eu não sou bom exemplo porque nunca tive tal coisa. Não é que a perdesse como algumas pessoas – não posso perder uma coisa que nunca tive. Sou mesmo assim e nunca lhe senti a falta, contudo emociono-me com facilidade. Até choro no cinema e tudo. Mas aquilo não me “diz” rigorosamente nada, e seria muito capaz de lhe chamar estátua sem nenhuma má intenção.

  7. Ana A.

    Cada um tem a sua forma de manifestar a sua Fé.
    O que para ti é um circo, para outros é uma forma de exteriorizar a sua veneração à Virgem Maria.
    Claro que não é um post anti-católico, mas apelidares de circo uma manifestação pacífica também não me parece correcto.

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