Tudo
Quero. Talvez tudo igual mas um tudo nada torto, de lado, virado, talvez tudo na mesma mas de cabeça para baixo com o sangue a explodir no cérebro, quero que nada se quebre mas que tudo se, não sei, desestoire, que é quando todas as partículas que se perdem pelo espaço se, talvez aplicando aqui a palavra encontrem, ou se colem, mas colar é pouco, que se osmosem numa mesma pele e que se cosam em pontos largos para deixar intervalos a mais partículas que possam ainda vogar distraídas ou sofram de esquecimento, todos os pedaços de eternidade esteja ela onde estiver, estejam eles onde estiverem, seja qual fôr a forma que tomarem, as memórias vagas já muito perdidas, os instantes que passam ao lado, o tempo transformado em mais partículas quase já poeira mas ainda recuperáveis, quero todo o pó que os dias possam inevitavelmente trazer, todas as lágrimas de antes e depois, todas as palavras, ternas ou duras mas que sejam todas, todos os momentos em que já não se sabe quem fala e quem magoa e quem abraça, todos os monstros ferozes que se soltam das jaulas e vão directos à jugular
quero tudo.
Porque não te sei amar de outra forma, só desta.
- alteração título para não ter spam
- Atrofio
É o que faz teres ainda dezoito anos, Catarina.
Não há meio de aprenderes que algumas trolitadas também fazem ao coração. Haja quem saiba dá-las, Texas, Indianápolis, Califórnia…
Vai tu, tá bem?
se não sabes, aprende
sem ofensa :))
Acho muito bem, acho muito bem. Se não é para ir de peito aberto e sem medo, não vale a pena.
=)
Lindo.
No fundo, é isso mesmo tal e qual =)
Beijinhos.
Bom dia a todos.
Ora muito bom dia :)**
amar…amar… amor…
que sabemos nós deste assunto?!!!!
Achamos sempre que sabemos tudo. Quando amamos ficamos cegas, patarecas, taralhocas. Vemos todo o mundo sob uma lente cor-de-rosa. Achamos que estamos mais perto da felicidade (seja lá ela o que for). Enfim… sentimo-nos nas nuvens (literalmente) Mas esquecemos também que o amor não vive só dessa cor rosa. Tem outras. Tem nuances. Tem cores fortes, vivas. E tem igualmente uma ausência de cor natural. OLhar e aceitar os degradés é que é doloroso. Porém, para amar-mos devemos mesmo fazê-lo de corpo e alma. De outro modo não será amar. Será outra coisa qualquer… paixão (momentânea, rápida e fugaz), atracção, sedução, e a tal amizade colorida de que tantos falam. POderá ser tudo e, ao mesmo tempo, NADA. Mas não será certamente AMOR (palavra desgastada e tão senseless hoje em dia. Todos usam e abusam de um conceito tão puro e lindo como é o amor).
Amem… de corpo e alma!
Ora muito bom dia a todos :)**
Isa
(Catarina sabemos bem do que falamos num éeeeeeeeeeeee?!?
Catarina, que texto magnífico! Um abraço forte.
Claro, porque o que interessa é que se quer.
Mais um boa tarde a todos.
e é dessa maneira que tão bem sabe amar.
Este comentário está a ser escrito em tempo real, como tu dizes, e agora estou parada a pensar no que li.
…
Uma pessoa amiga deixou de acreditar no amor, pelo menos naquele que transcende a mera amizade ou a mera cama, ou ambos juntos sem mais nada (se isso fosse possível).
Eu não, talvez seja demasiado teimosa ou doente mental: mas consigo continuar a acreditar que o amor vale a pena, até no exacto momento momento em que tudo está a correr mal. Posso já não acreditar naquele. Mas acredito no que há-de vir.
Mas também acho que o amor é negociação, é ir à guerra e dar e levar, que é uma experiência brutal, mas que é A Experiência.
Outra coisa em que acredito: no tempo. O dia de hoje não é igual ao de amanhã e, se mo pedisses, metia já aqui as mãos no fogo pelo que digo. Não que precises, pq sabes.
Catarina, o teu texto é muito bonito. Não é bonitinho nem engraçadinho: é daquela beleza-horrível verdadeira, que vem ainda inteira, com as arestas vivas, e na qual reconhecemos o que somos, o que sentimos, o que vivemos.
(Obrigada pela mulher-menina! Não me esquecerei que quem não me conhece, me conhece tão bem!)
Um abraço muito grande para ti.
amar intensamente também é sofrer intensamente. Há quem se resguarde disto. Dizem-nos que são mais felizes, eu diria que são é “páozinho sem sal”