100nada

TheOldMan para o Expresso já!

E palavra que assim passava a comprar o pasquim. O post é do melhor! Deixo aqui um bocadinho para aguçar o dente, mas tenho dificuldades em escolher, palavra de honra.

‘“Trago-te no riso enterrado, nas lágrimas que me lançaste, escadas de incêndio para a sabedoria da felicidade, na pele escaldada pelo brilho da noite, depois do mar.” – Quem escreve coisas destas (utilizando possivelmente o famoso “kit magnético de literatura para utilização em frigoríficos AEG”), devia ter mais cuidado quando tenta julgar os outros tão duramente. Facto este apenas desculpável se não tiver sexo há mais de dois meses, ou se sofrer de menopausa precoce.’

in TheOldMan

0 thoughts on “TheOldMan para o Expresso já!

  1. TheOldMan

    Obrigado pelo destaque, Catarina.

    Mas o mérito é quase todo das duas colunistas que fizeram o meu post práticamente sozinhas…

    😉

  2. Santa Cita

    Mas porque é que não gramas o Man, oh excelsa criatura?
    Não será mal empregue?
    Não é melhor lê-lo aqui?
    Para o Expresso,já!, a Inês.

    Mal por mal.

    E se havia de estragar outra casa!

  3. TheOldMan

    Tens razão, Santa Cita. Aínda começava a apanhar maus hábitos, como negar as minhas origens e a insultar os meus conterrâneos… sei lá… quando se vai para o Expresso, deve ser parecido com a descida aos infernos da droga.

    Pelo menos o efeito é parecido.

    😉

    LoL

  4. Vieira do Mar

    Não percebo, juro: eu gostava de escrever no Expresso, gostava que me convidassem, que me achassem suficientemente boa para escrever lá. Sentir-me-ia honrada por estar entre a Clara Ferreira Alves, a Inês Pedrosa e a Carla Quevedo. Porque escrevem bem e são gajas cultas e com ideias interessantes sobre as coisas. Juro que não percebo, este substimanço permanente em relação à imprensa escrita (e à feminina em particular), que paira sobre os blogues.

  5. catarina

    Se calhar, Vieira, é exactamente por ser no Expresso, ou no Público, ou no DN: as pessoas escrevem nos jornais mais lidos ou melhores ou enfim, sérios, supostamente bons, são pagas para isso e os leitores não apreciam o enchimento de chouriços que algumas das crónicas são. Não nego de todo que escrevem bem e são gajas cultas e com ideias interessantes: por essa mesma razão e porque o que fazem é profissional (em oposição aos blogues que são carolices amadoras), o leitor sente-se defraudado quando não há vê ali um esforço para dar o seu melhor.

  6. TheOldMan

    Vieira, não tenho nada contra o “encher chouriço” (nem no feminino nem no masculino).

    Mas quando aquelas duas prendas (e uma delas, a Clara, até escreve bem), se propõem fazer tarimba calcando numa coluna remunerada outras pessoas (e não me refiro como é óbvio ao grunho do telemóvel), usando assim das técnicas que tanto condenam; o melhor que poderão levar de mim é o insulto velado.

    Existem muitas mulheres a escrever bem, com boas ideias e em jornais bem cotados.

    Não é por eu decidir caír em cima de duas galinhas ressabiadas, que o sexo feminino se poderá sentir insultado.

    Os homens não têm o exclusivo da estupidez e do chauvinismo.

  7. TheOldMan

    Só mais uma coisa.

    “A escrita permanece”. E aínda tenho em casa a revista Única do fim-de-semana passado, que poderei emprestar ou enviar cópia por mail.

  8. Rita

    Catarina: obrigada pela referência. Já li tudo.
    Oldman: ganda posta.

    Sobre os textos das senhoras só me ocorrem piadas sexistas: tomara a Inês Pedrosa ter uma bundinha como aquelas que se passeiam na Costa e tomara a Clarita (não é Cláudia) conseguir um corte de cabelo decente para não afugentar o pessoal na praia.

    Sobre as senhoras e o Expresso. Já não compro há algum tempo. Cansa-me aquela merda. Sobre a Inês: há prosas que aprecio, há causas pelas quais ela se bate que se bate muito bem.
    Sobre a Clara: vaca inteligente. O único problema dela é quando cai nestas merdas de intelectual ricalhaça armada em franga. Relembro um texto que ela escreveu há uns anos em que falava da sua empregada que nem fazia ideia do que estava por detrás das lombadas dos Joyces e dos Hemingways pelos quais ela passava o espanador, pobre criatura….

    Quanto aos pagamentos, olhem filhos, quem pode pode, quem não pode, tem um blogue.

  9. Vieira do Mar

    Catarina, claro que sim, concordo plenamente contigo, mas nada te garante que elas não tenham dado o “seu melhor”. Aliás, mesmo quando dão o seu “pior” estão muitos pontos acima da média, em minha opinião.
    Eu acho-as muito boas cronistas, cada uma no seu estilo (a Clara escreve mesmo muito bem, apesar de muitas vezes não concordar nada com o que diz) e não me parece que sejam duas “galinhas ressabiadas”. É claro que não é possível manter sempre o mesmo nível de qualidade, numa crónica semanal e é claro que, às vezes, se enchem chouriços – é quase inevitável, uma vez que falamos de peesoas e não de autómatos.

    TheOldMan: ninguém falou em o “sexo feminino” se sentir “insultado”, por favor! Achei piada ao facto de ter caído em cima de duas mulheres cronistas, foi só (algo muito em voga, nos dias de hoje). E mais – li os textos delas (não precisa de mos enviar, obrigado), acheio-os, de facto, mais fraquitos do que o habitual, li o seu post mas, francamente, não concordei (se calhar por não a ter entendido, “mea culpa”) com a “violência” da sua crítica nem com a “desmontagem” que fez. Não concordei nem um bocadinho, aliás.

  10. catarina

    Rita e Vieira: eu sobre as duas cronistas, tenho opiniões completamente diferentes: a Clara Ferreira Alves escreve muito bem e eu gosto de algumas das crónicas (e quando gosto, gosto mesmo), mas aquela cagança do ‘sou chique’, francamente, não há pachorra. Quem é verdadeiramente chique não precisa de o apregoar num jornal, no registo ‘eu-sou-melhor-que-estas-e-estes’. E até acho que ela nem precisava de nada disso!

    A Inês Pedrosa acho-a de uma pobreza atroz, um feminismo bacoco e uma petulância para a qual não tenho o mais pequeno saco.

    (mas olha que isso de cairem em cima das cronistas mulheres estar em voga, não sei: se fores ler os blogs dos rapazes mais sérios e políticos, eles todos os dias desfazem meio mundo de cronistas masculinos, agora que o Luis Delgado deixou de ser o bobo da corte).

  11. Paulo

    Do melhor! Façam lá uma petição para a Única trocar a inglória rapariga das bombas pelo Homem Velho – que vale cada palavra que escreve.

  12. catarina

    Acho que sim, Paulo, mas o meu voto é para substituir a Inês Pedrosa.
    (tu sabes que eu gosto da Bomba. :))

  13. Vieira do Mar

    já cá faltava… bem, adiante.

    Catarina: sim, é verdade: o que está a dar é desfazer cronistas em geral, independentemente do seu sexo.

    Mas olha que a Inês Pedrosa não é tão má como a pintas – bom, mas eu também leio-a pouco e só leio qualquer coisa até ao fim quando gosto, portanto, do que li, gostei. A cagança da Clara Ferreira Alves é um facto, mas não me incomoda, que também sou um bocadinho cagona – portanto, até gosto. às vezes, acerta é ao lado.

    Mas pronto, é uma questão de “gostos” – que, ao contrário do que costuma dizer-se, por acaso até se discutem (embora de pouco ou nada adiante, essa é que é essa).
    Pelos vistos, no meu caso e no teu, o “gosto” de cada uma conduz-noz a óbvias sobrevalorizações – mas sobre “objectos” diferentes. 😉

    Um beijinho

  14. catarina

    É, acho que é uma questão de gostos mesmo. E a Ihnês Pedrosa encanita-me desde o primeiro romance (mas eu vou insistindo a ver se passo a gostar).
    A diferença entre ser cagona e cagona é que há um registo que passa o ser-se cagona per se e há outro que é esfregar isso na cara daqueles que são considerados como ‘menores’ por quem esfrega.
    Beijinhos!

  15. catarina

    É, acho que é uma questão de gostos mesmo. E a Ihnês Pedrosa encanita-me desde o primeiro romance (mas eu vou insistindo a ver se passo a gostar).
    A diferença entre ser cagona e cagona é que há um registo que passa o ser-se cagona per se e há outro que é esfregar isso na cara daqueles que são considerados como ‘menores’ por quem esfrega.
    Beijinhos!

  16. ThEoldMan

    Obrigado, Rita. Parece que afinal há mulheres que conseguem separar o “feminino” do que realmente interessa. O mau gosto e a filha-da-putice não têm sexo.

    Vieira, é livre de não concordar. Mas posso grantir-lhe que se tivesse tempo e paciência para teclar cerca de 400 palavras agora, conseguria explicar-lhe os meandros do insulto velado em que essas duas escrevinhadoras se especializaram. É fácil dizer mal, eu que o diga pois sou um bom aluno dos cronistas actuais (incluíndo as azémolas em questão?)

  17. Paulo

    A Gaiola é certamente mais divertida e porventura adequada, reconheço… Mas estava a pensar em mim, caro ThEoldMan, confesso que foi um pensamento egoísta.

    Catarina: gostos não se discutem .o0(blergh!)0o.