100nada

Mob Psychology

Imagine-se um desinfeliz sem graça.
Imagine-se outro desinfeliz, este com graça.
A diferença entre os dois é esta:
– o primeiro desinfeliz anda na vida com as suas desinfelicidadezinhas;
– o segundo desinfeliz anda na vida com as suas desinfelicidadezinhas que se tornam felicidadezinhas quando apanha um desinfeliz com o primeiro pela frente.

O segundo desinfeliz desfaz o primeiro desinfeliz.
O primeiro dezinfeliz nem sabe de que terra é.
O segundo desimfeliz fica feliz por ter desfeito o primeiro desinfeliz.
O resto da marabunta, como o segundo desinfeliz tem graça e o primeiro não tinha, aplaude, também muito feliz. Ninguém percebe o que se passa, mas se há molho, toca a ir lá também enfiar um biqueiro na cabeça do tipo que está já está estraçalhado no chão.
(ah o anonimato ajuda muito também: toda a gente sabe que a marabunta não tem rosto, só presenças misturadas.)

0 thoughts on “Mob Psychology

  1. Ruiva

    Acho que se passam coisas
    (nos blogs e assim) mas não sei bem quais são. a Cat baralha-nos todos posts, é o que é. Leio um, fico esclarecida, vem outro, afinal não era nada disso: olha querida, organiza-me!

    😀

    Beijinhos

  2. m.

    Já agora junto isto, de um post antigo: “e se a identificação dos defeitos da obra for realizada de forma digna e leal até pela caricatura, forma infelizmente nem sempre devidamente apreciada na subtileza, acutilância e precisão com que retrata a realidade, deve ser estimada e valorizada a opinião e tristes serão os que a rebatem em vez de a estimularem pelo valor pedagógico que encerra”. E julgo q estaremos, de novo, de acordo pq a Catarina tem, da caricatura, um domínio de mestria :)

  3. catarina

    Ruiva, pois é isso…(atrofiando agora)…hihihi, beijinhos às gargalhadas.

    m, lembro-me de ter lido isso. Acho que estamos muitas vezes de acordo, aliás. :)

  4. Eufigénio

    Pois isso é das merdas que mais me irritam. Eu que até sou todo delicodoce fico a inclinar-me logo para o lado do “raios partam as hienas que se eu apanho um fora da resma…”