Não há mérito na dor física
Cada vez que passo por isto, percebo outra vez que não há mérito na dor física. Nas de alma, sim, talvez, torna-nos mais fortes, mais valentes, mais resistentes, mais frios, duros, cínicos ou mais seguros de nós mesmos. Nestas nenhum: algum estoicismo necessário ao correr do resto da vida que não pára, muitos palavrões, ais e uis, o inevitável cansaço físico e moral. Acabamos mais fracos, mais choramingosos, mais coitadinhos-de-nós, mais conscientes das limitações do corpo e das feridas que causam à tal alma, escondida, arredada, esquecida. Não há mérito nem traz nada, a dor física, só arranca coragem limitada.
Uma porra, em resumo.
Costumo dizer que com as dores fisicas posso eu bem. As de alma…são outra história. Deixa lá, lamenta-te á vontade. Todos nós temos dias assim. Eu tenho tantos (porra!). e as melhoras para ti. (O benuron a mim não me aquece nem arrefece)
O benuron também não me adianta grande coisa. Mas prefiro dores de alma, uma pessoa sempre consegue controlar a coisa melhor. Obrigada.
Concordo que não há mérito na dor física. É como o barulho irritante das ventoinhas.
E é uma porra não podermos eliminá-las.
Eu ontem ainda escrevi aqui que pra mim era mais ao contrário, mas depois apaguei o comentário, pra pensar melhor no assunto e continuoa a concordar comigo. E também perguntava porque tomavas benuron, aquele paliativo incipiente.
Exacto maria arvore (embora eu goste de ventoinhas).
Mana, admito que depende de uma série de outras coisas, como intensidade ou duração (em ambos os casos). Quanto ao benuron, sabes que não posso muito mais e o brufen já é assim uma espécie de tem-de-ser-mas-vai-resultar-noutras-maleitas.
Pois, é verdade: as tolerãncias e intolerâncias diferem consoante o indíduo. :p
Isso. O indíduo é no fundo um indíduo, não se pode generalizar.
LOL (terias sido mais boazinha se tivesses corrigido…):-|