O desaparecimento da última criatura de uma espécie agora extinta
O desaparecimento da última criatura de uma espécie que fica agora extinta causa, evidentemente, tristeza. Não me interessa muito se em vida era bom ou mau, se o facto de ser coerente tem mérito ou não. Talvez não tivesse alternativa senão agarrar-se à memória do Plioceno que ia desaparecendo, talvez fosse da sua natureza sobreviver durante algum tempo a par com as espécies novas, mais ou menos predadoras, que lhe tomavam o lugar. Talvez o mundo respire de alívio ou de indiferença (pois já não fazia diferença) ou nem sequer tenha reparado que desapareceu a última criatura de uma espécie que fica agora extinta. Pode gostar-se ou não se gostar. Mas que me causa tristeza, nem que seja numa perspectiva meramente evolutiva, com a inevitável extinção das espécies que já não têm lugar, causa.
(não se amofinem os comunistas com o meu texto. é de memória apenas)
- Até me empato a mim mesma
- Jogo
“O desaparecimento da última criatura de uma espécie que fica agora extinta causa, evidentemente, tristeza”
mais um dogma, Catarina? De memória devo dizer-te que nem o desaparecido era assim uma criatura, nem sequer a espécie está extinta. talvez estejas triste porque, afinal, reconheces que não há nada mais vivo, e para o devir, do que a consciencia dos que ficam para lembrar aos que estão, e aos que hão-de vir.
Altino, como escrevi no fim (e olha que por causa de eventuais más interpretações, estive com este post em banho maria durante umas horas), não tem nada de insultuoso, antes pelo contrário.
Criatura porque somos todos criaturas. Criatura no sentido de ‘filhos de Deus’ se quiseres, todos, animais racionais, irracionais, os que já existiram, os que ainda sobram.
É a espécie dele está extinta, Altino. Há outra que a substitui, nova, melhor a meu ver (mas isso é a minha opinião) porque menos dogmática, menos hardliner. Nasceu em 1913. Quantos ainda há como ele? Com aquele carisma, com toda a memória do século que viveu? Nenhum. E tu dás-me razão de certeza, quando dizes que ‘não há nada mais vivo que a consciência dos que ficam para lembrar aos que estão e aos que hão-de vir’.
(mas as memórias são curtas e quem lhe presta hoje homenagem, esquecer-se-á amanhã, a memória a ser usada em jogos de poder. vais ver. )
Vc é pedante, vazia e não sabe o que escreve. E agora não grite por socorro que eu não trago nenhuma seringa para lhe dar uma injecção atrás da orelha. Que mundo!
se a inveja pagasse imposto, mb…só você dava conta do défice.
Catarina, uma verdadeira espécie extinta será um comunista não amofinado..
Ainda fui ler dois ou três posts. Deu-me vómitos tamanha vulgaridade, tanto lixo.
Inveja? Inveja de quê? Da ignorância e da vulgaridade? Haja Deus! Não perco mais tempo com humanóides. Enxerguem-se. Quem vos mandou nascer?
Um insulto que assina com o url de um blog é de louvar, por ser tão raro. Quanto à sua opinião, mb, é a sua. Tem bom remédio para o vómito, não volte que ninguém obriga. Eu por exemplo nao vou muito à bola com poemetos que metem liras (sim, fui lá espreitar) mas também não me incomodam. O que me incomoda mesmo é a má criação (podia ficar só pelo primeiro comentário, faria melhor figura, assim, realmente soa um bocadinho a dor de corno, admitindo, claro, que não seja. Pode ser apenas não saber ler). Enfim, estamos face a uma espécie que não está em vias de extinção: a de quem se julga superior tão superior que aparece para dar ‘notas’ ao que não entendeu.
Cordiais saudações.
Nelson, não digas isso: tenho vários amigos comunistas, são iguais às outras pessoas.
Ah, mb, e para quem está com vómitos, estacionar aqui no meu blog durante quase meia hora, será saudável? Eu demorei dois minutos no seu e também só li 3 posts…
Que paciência que tens. Eu fiquei-me pelo 1º e desisti. Não sou muito de visitar maus blogs.
Cat, eu tenho imensos amigos comunistas, sou filho de uma terra que foi muito tempo baluarte comunista. São iguais às outras pessoas, no aspecto em que são bons ou maus, felizes ou tristes, altos ou magros…mas são todos amofinados politicamente, pelo menos de há 20 anos para cá! Vidas
Xaláisso Nelson. (48 minutos, 4 page views, foi o que durou o vómito).
Politicamente, talvez. Não usaria a palavra ‘amofinado’, mas admito que seja uma frustração defender um sistema político que tem poucas chances de alguma vez poder provar a eficácia da teoria na prática, no governo central. Mas olha, também com o que se tem visto, andamos todos ‘amofinados’…
Nem todos…há práticas de governo que se defendem e, pelo menos cá, ainda não foram postas em causa. Se no resto do mundo funcionam, e bem, só me restaria ficar triste por não se tentar cá (mas para isso era necessário uma mudança de mentalidade tão grande que até a tua querida leitora mb pudesse raciocinar decentemente)…amofinado não, já me basta o fim de época do Sporting deste ano 😉
http://somdatinta.blogs.sapo.pt/arquivo/665189.html
Vamos ter esperança, Nelson (e quanto ao Sporting, também esperança para a próxima época).
SCita, muito obrigada. É lindo. (não consigo comentar lá, indica que falta o id não sei quê).
Não há ninguém neste país que não tenha uma dívida com todos os que combateram o regime, com especial peso, naturalmente, para Álvaro Cunhal.
Mas é verdade que no caso dele, a palavra ‘coerência’ passou a ser usada à giza de eufemismo. Um homem pode mudar juntamente com o seu mundo sem ter que mudar de ideais. A diferença entre uma voz dissonante e uma voz deslocada reside aí.
As vozes críticas são fundamentais. Quando deixam de poder ser levadas a sério, ninguém fica a ganhar.
Mais um belo título, Catarina. Embora eu goste de acreditar (não sei se estou certo) que:
1) cada ser humano é uma espécie em si. Pessoal e intransmissível;
2) a lei do mais forte (ou darwinismo) deixe muito a desejar nesse seu critério absoluto e exclusivo.
Gostei especialmente da última frase, Calvin.
João Pedro, eu também gostava de pensar assim, mas este mundo não está para graças e a lei da sobrevivência acaba sempre por se impor.
Estás a falar de quê?
Era um ‘in memoriam’, Prusidente, mas parece que não sou muito jeitosa na elaboração da coluna de necrologia. É mais bolos, provavelmente.
I was just joking! Keep it going!
Isto nunca pára, é sempre siga.
Já aqui venho há muio tempo mas agora manifesto-me, para te dizer só: muy bien. Mesmo.
Obrigada, PR.