100nada

Abrupto

Vai fazer dois anos, mais dia menos dia, que me foi enviado um link e me foi dito: vai lá ver aquilo e diz-me lá o que pensas. Perguntei o que era, era um blog. E o que era um blog e quem era o JPP? Quem? Ele tem um diário na net?

Coloquei o link nos favoritos, fui lendo durante uns dias. E depois abri o 100nada.

Esta é a história de centenas de blogs. É a história da blogosfera portuguesa. Não sei como são as outras, mas esta começou (o arranque verdadeiro) assim: com uma figura pública a escrever um diário na net, assumindo esse lado mais privado.

Em Junho de 2003 escrevi:
Desde que o JPP escreveu a expressão ‘deram as chavinhas dos castelos’, pareceu-me que havia ali alguma coisa de novo. Não é que ele escreva sempre o mesmo. Mas aquela pequena amostra de humor soou-me bem. Começo até a pensar que ele talvez se ria de algumas anedotas no final de almoçaradas. Depois, o post ‘atmosfera’, sendo uma análise séria, não sei porquê, também lhe achei um ar diferente…talvez uma maior leveza na seriedade.

Era o lado humano da figura pública. E se uma figura pública podia publicar o seu lado humano e privado, porque não haviam os anónimos (não figuras públicas) de fazer o mesmo? Fizeram. E o resultado é este, esta blogosfera. Poderia ter sido outra, mas é esta. Não é nada má: com o seu exemplo e o efeito aglutinador, o Abrupto transformou um conjunto de sites numa comunidade.

Obrigada, JPP.

0 thoughts on “Abrupto

  1. JQ

    Só se eu fosse uma besta (bem…adiante) é que não reconheceria valor ao JPP, sobretudo no blog.
    Dito isto, digo um pouco mais: caso a sua «leveza na seriedade» fosse ainda mais leve na forma e no conteúdo, era bem capaz de frequentá-lo menos esporadicamente.

  2. th

    Às tantas o JPP é tão nabo quanto eu, que não sei colocar links…eu comecei quando quiz colocar um comentário no blog dum amigo meu e acabei com uma Sebenta nos braços para escrever, e asim fui fazendo…lol

  3. aZElha

    Sem dúvida que o JPP deu visibilidade à blogosfera, mas outros fenómenos como “O Meu Pipi” e o “Barnabé” também tiveam uma quota parte da “culpa”.