Post anterior, só escrito agora
Já não me lembrava. Sabes muito bem que eu não releio e depois não me lembro. E (juro!) quando li, a primeira impressão foi hã? e só depois, uns segundos depois é que me lembrei e pensei ah fui eu, pois foi. Claro que me lembrei depois, claro que sorri, claro que sim, continuo sem me lembrar do contexto e não tenho paciência para ir à procura. O contexto é mais a data, a frase fala por si. Mais curiosidade minha, tazaber? Para ver onde estava e onde é que vim parar.
Fiquei a pensar nisso. Não penso directamente, de vez em quando aparece e (não sei porquê) sorrio sempre. É (ok, ok) uma frase bonita, gostava de a ter escrito…quer dizer, eu sei que a escrevi, mas era outra altura e eu (como toda a gente) sou feita de imagens sobrepostas seguidas, que já não são exactamente aquilo que eram antes. Vais dizer-me (não vais, mas faz de conta) que o que conta é sempre igual, mas eu digo-te que não, há sempre diferenças e eu não sou exactamente a mesma pessoa que era quando, deixa cá pensar, olha, quando comecei a escrever este post, por exemplo, há uns minutos atrás. Pode parecer que sim, mas há diferenças, microscópicas de tempo, e isso, essas diferenças todas somadas nas imagens todas seguidas fazem com que a primeira imagem (a primeira de todas) seja completamente diferente da última. Que já não é a última, agora já é outra que é a última.
Tudo isto para te dizer, a ti, que sei que percebes, que tenho pensado nisso, na frase, nas portas dos muros que erguemos; e também tenho pensado que o que interessa mais do que toda esta conversa sobre imagens (que são imagens, fotografias, reflexos, nada mais que isso), é talvez o local onde vou pensando: um cilindro de gelo transparente.
Como vês, não é preciso muros depois de se escolher uma redoma.
- This side up
- Post socratizado
não devo ser a tu que sabes que percebe, mas olha que percebi perfeitamente. gostei, mana.
Eu já meto um link para a ‘tu’.
sem saber o que é exactamente o que escreveste, mas não resistindo (sorry), parece-me que tudo o que escolhes, se escala, ou se derrete…o que é bom, há sempre a possibilidade de alguém te alcançar
beijo e boa noite.
A frase está na Duende, lá para trás, Vanus.
Beijo.
Ahaham… e tudo isto quer dizer o quê, importa-se de explicar?
A frase é ‘Erguemos muros até ao céu e depois abrimos portas.’ e é da Catarina. :p Já que agora que se fique a perceber um bocadinho melhor o que se passa aqui. Se bem que eu cá, confesso, não percebi.
Ora bem… tenta os arquivos de Julho do ano passado que acho que está lá. :)))
E através dessa redoma transparente,vais observando o mundo cá fora,à distância..ou vais deixar o gelo derreter??
Duende, não quer dizer nada senão aquilo que eu escrevi: uma reflexão sobre a frase.
(já fui ver, está lá, está. :))
Pergunta difícil, monalisa: não sei se tenho opção. 😉
Bom dia a todos.