100nada

Caça ao Tesouro

Há um lado meu que nunca cresceu (há quem diga mais do que um, mas isso adiante agora). É o lado mistério e encantamento, o lado fadas bruxas piratas e tesouros, o lado super-heróis, poderes paranormais, naves espaciais, cavaleiros de espadas e outros artures, lobisomens e coisas que go bump in the middle of the night, um lado histórias aos quadradinhos mais Alan Moore que Disney e muitos livros de capas com desenhos esquisitos. Fui fanática de BD (agora não consigo encaixá-la nas prioridades do cabaz de compras, com grande pena minha) e da literatura considerada de segunda até ser traduzida e ficar na moda (quem não leu as Brumas de Avalon que se acuse; ou o Senhor dos Anéis depois de sair o filme) que na contracapa traz o aviso SF/Fantasy. E mais alguma coisita de terror por aqui e por ali.

(vi agora mesmo que na linha de cima cometi um sacrilégio, mas passa)

Claro que uma pessoa assim sabe de cor todas as frases do primeiro Indiana Jones (Start the engine! Start the engine!), bateu palmas quando as bicicletas do ET levantaram voo, ainda se arrepia com os acordes dos Encontros Imediatos, gastou horas e horas de esplanadas de café a discutir monolitos, e toda a vida, secretamente, desejou ser Gente do Amanhã. É a chata que sabe as três leis dos robots sem ter visto o filme e que se irrita solenemente porque umas das personagens mais importantes do Senhor dos Anéis (o observador i.e. o próprio autor transposto para a personagem de Tom Bombadil) ficou de fora do filme.

Esta conversa fiada toda (agora ficava aqui até amanhã a escrever sobre isto) para explicar que adorei o National Treasure.

Tem o Nicholas Cage.
O mau, apesar de loiro, é giro.
Tem o Nicholas Cage.
É uma caça ao tesouro.
Tem o Nicholas Cage.
Não foi poupado exagero nenhum.
Tem o Nicholas Cage.

(tanta conversa, tanta conversa e afinal lá descambei eu…que coisa…)