O politicamente correcto
é uma forma civilizada de se viver com os outros. Ou deveria ser, mas passou a ser uma série de regras (que vão variando) e que me chateiam profundamente. O politicamente correcto é uma maria-vai-com-as-outras, mas com casaco Prada. Não tenho paciência nenhuma.
Sei perfeitamente como funciona o sistema. Entendo-o e reparo em todos os esforços que vejo à minha volta para ‘pertencer’ ao sistema (há umas pessoas mais óbvias que outras…)e, não fazendo esforço nenhum para ‘não pertencer’, a verdade é que sou uma grande bruta no que penso e digo e escrevo.
E depois, por vezes, sou amarrada por mim mesma ao que escrevo aqui, com uma corda de crueldade para com os outros. Tenho talvez alguma falta de caridade (não a compaixão-dó, mas a compaixão-respeito), reconheço. Não é direccionada, mas pode magoar alguém de quem eu goste. E eu não posso, não posso (embora diga muitas vezes) dizer ‘olha paciência, azareco’.
Isto é uma espécie de nota a mim mesma. Be good and loving, qualquer coisa assim.
- Piratas
- Beijos do Alentejo
Essa do politicamente correcto cá a mim cheira-me, nas mais das vezes, a ganda hipocrisia. Haja respeito (com ou sem compaixão) e educação, e o resto são receitas inventadas por quem quer sentir-se superior, ou melhor, que os restantes.
Ora pense lá, minha amiga: se conseguíssemos lidar sempre com os outros com educação e respeito, o que é que ficava a faltar?
Depois… somos todos humanos e carregadinhos de defeitos, e de vez em quando não estamos nos nossos melhores dias, e coisa e tal; mas quem nos conhece compreende e (quase sempre) perdoa, e os outros, olhe, que se lixem, vão dar uma curva, ou vão dar banho ao cão 😉
E disse.
Nota: o “com ou sem compaixão” é conforme as situações, claro!
Eu também penso assim e penso que quem nos conhece sabe que não se é (ou se parece ser) cruel propositadamente…mas às vezes pode não acontecer. Enfim. Era uma daquelas chamadas à pedra que faço a mim mesma.:) Beijinho.
Uma chamada de atenção politicamente correcta, diria. 😉
Sê Verdadeira e deixa lá o good and loving.
Ou uma conversa sobre ‘querer salvar o mundo’, Duende…;)))
Monalisa, eu sou. Mas pergunto-me muitas vezes se é isso que se deve sempre…muitas vezes não, não é.