Outonos em falta
Podia, sim, escrever sobre o Outono, o cheiro a terra molhada que ainda agora estive a olhar para o sistema de rega na relva cortada e a pensar em grilos e cães e nevoeiros sobre o rio. Podia, mas para quê? Sinto-me desfalcada nesta estação, sempre. Há um ano escrevi
sobre eternos outonos em falta
Começou o outono. Troquei o ice tea pelo (hot) green tea. Penso em torradas em vez de gelados. Camisolas e botas. Mas o que conta mesmo é ser outono.
Todos os anos, durante alguns da minha vida, saía um dia do verão e aterrava num dia de inverno. Roubaram-me uma data de outonos. Ainda não os recuperei. Nunca os irei recuperar, porque cada um dos que tive depois eram desse ano, não contavam para os anos vazios anteriores. Sou uma criatura que tem falta de outonos. Todos os anos espero: que este seja o ano em que o outono dure até ao próximo verão.
e o Attila ofereceu-me um Outono cheio de sol.
- Considerem-se devidamente respondidos
- Um gajo, pá, um gajo tem destas merdas
sou uma parva, hoje estive com uma caneca linda para chá e não me lembrei de te ofercer.
A de hoje tem mirósices e diz Barcelona.
sou uma parva! estive hoje com umas canecas lindas para chá e não é que me esqueci de trazer uma para ti… sorry. Espero que não esgotei.
os erros ortográficos devem-se ao facto de estar a cair de sono…
Não há nada tão cansativo como as férias…:)))
“(…)
Do que deixei escrito nestas páginas se desprenderão sempre – como arvoredos de outono e como no tempo das vinhas – as folhas amarelas que vão morrer e as uvas que reviverão no vinho sagrado. Minha vida é uma vida feita de todas as vidas: as vidas do poeta.”
Confesso que Vivi, Pablo Neruda
Só para não me limitar a dizer que amei.
Obrigada, Duende.
onde está tu meil?