Um assunto sério (IVG)
Um muito elucidativo post no O céu sobre Lisboa.
Os meus agradecimentos ao JPT por o ter indicado.
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- Uff!
Um muito elucidativo post no O céu sobre Lisboa.
Os meus agradecimentos ao JPT por o ter indicado.
O post é realmente bom, eu é que já estou sem paciência para o assunto…
É bom é Robina. Não é que eu não esteja também cansada de tanto circo, mas a diferença entre este post e dezenas de coisas que tenho lido ultimamente é que este é realmente informativo.
Isso é mesmo.
Mas em Portugal não faltam clinicas privadas que o façam, só que na clandestinidade. Enquanto existirem abutres que continuem a encher-se à custa disso não vai ser fácil mudar a legislação.
É verdade que muito se fala e há demasiado show-off á volta do assunto, mas continua tudo na mesma, na hora H tudo se encolhe (a abtenção é que vence).
Só por curiosidade, na Irlanda houve á uns anos um referendo com 3 perguntas que era mais ou menos isto:
1. Liberalização do Aborto
2. Proibir a Publicidade vinda de Inglaterra?
3. Punir quem for a Inglaterra praticar aborto
Resposta
1. Não se liberaliza o aborto
2. Não se proibe a publicidade de entrar
3. Não se pune quem for a Inglaterra
Como dá para ver a hipocrisia chega a todo o lado
É não só bom. É óptimo. Mas eu volto sempre ao mesmo. Quantos dos que tanto gritam levantaram o rabo da areia para ir votar?
unblog…na Irlanda basta colocar a palavra Inglaterra no texto para se votar contra 😉
A Duende tem razão.
Eu acho que nem sequer é admissível que uma mulher se abstenha num assunto destes mas olhem que quase punha a cabeça no cepo em como a maioria das abstenções foram de mulheres (e não devia ficar sem ela)…
Não posso precisar se dizia Inglaterra ou se apenas diziam fora do país, mas estariam claramente a referir-se a Inglaterra
Robina, mas a questão que o post levanta é que a legislação aparentemente não tem muitas diferenças, e que cá a questão é de interpretação diferente. Pelo menos foi o que entendi do que li.
Parece-me realmente que mais altos e (financeiros) valores se levantam…
Unblog: não é uma decisão simples, creio eu. Nem sequer te posso dizer se sou a favor ou contra o aborto: cada caso é um caso. O que sou contra é que se mantenha a clandestinidade dos abortos de vão de escada (porque a das clínicas privadas bem pagas corre sempre tudo bem) com as horrorosas consequências para as desgraçadas que não têm outras alternativas.
E não me vendam a ideia de ter os filhos e entregá-los à assistência social: isso é pura demagogia. O ‘valor da vida’ é muito empolado na altura dos abortos mas quando as crianças estão nas Casas Pias parece que já é outro.
O comentário que fiz foi baseado apenas no último parágrafo do post.
De qualquer forma olha, este é mesmo um país onde quem manda são os interesses financeiros tudo o resto é…carne para canhão.
Na minha opinião ninguém é a favor, e custa-me a acreditar que alguém o faça por “desporto”. Mas tal como dizes é uma questão de combater a corrupção existente á volta deste assunto e tentar diminuir as vitimas (neste caso mulheres).
A Liberalização não obriga, apenas permite…
Bom, proibir uma pessoa de ir a outro lado parece-me o cúmulo: vão começar a pedir certificados de gravidez nas fronteiras? O disparate raia a demência…
A questão da abstenção acho que a culpa também é do circo: no último referendo pareciam favas contadas e muita gente a favor preferiu ir para a praia (era fim de semana prolongado se não estou em erro, data bem escolhida, hein? Aposto que foi por acaso…).
Quanto a mim o circo não ajuda nada. Os barcos demagógicos, as mulheres malucas, os textos inflamados, o direito à barriga, tudo isso desvia a atenção para um problema social de pobreza e miséria e falta de informação e de educação.
A publicidade enganosa….
Pois claro que ninguém é a favor, Unblog. É isso mesmo. Não é ir tirar o apendice! É um problema moral que deixa marcas nas mulheres para toda a vida, aquela opção. Ninguém faz por gosto, apenas como último recurso.
Olha que não sei Cat, a população está envelhecida e sabes muito bem que até o padre da freguesia aconselha neste país…
Também acho que quanto mais publicidade pior.
Ninguém pode ser a ‘favor’ do aborto, Catarina. Eu não sou, tu não és, e as mulheres que o fazem menos ainda. Mesmo com a capa de ligeireza que por vezes lhe dão quando falam das mulheres que vão a Espanha e voltam como se nada se tivesse passado. Quem fala, quem escreve sobre o assunto terá alguma vez feito um? Saberá realmente o que vai na cabeça dessas mulheres que à partida até já estão rotuladas porque ir fazê-lo a Espanha é coisa de gente ‘fina’ e endinheirada?
Não, eu não sou a favor do aborto. Mas votei na sua despenalização, como é lógico.
Pois é. Um país católico e desinformado (de ambos os lados), que escolhe fechar os olhos a uma realidade que é uma fonte de rendimentos para alguns e uma desgraça para a saúde de milhares de mulheres.
Creio que muitas que abortam votam contra…
A minha opinião é que nem devia sequer haver referendo. Este assunto comparo-o à Eutanásia. Acho que a decisão devia poder ser tomada (em consciencia, claro) pela mulher e mainada.
Na altura do refendo, andava eu na universidade lembro-me perfeitamente que havia duas vertentes contra, uns porque eram católicos e eram realmente contra e outros porque tinham filiações politicas e as seguiam, sem primeiro pensarem pelas próprias cabeças.
Não devia ser uma questão politica…é uma pena que se confunda as coisas. E digo isto para qqr dos lados os prós ou os Contra
Duende, haja em vista a quantidade de homens que escrevem sobre o assunto, com grandes discursos empolados…esses realmente nunca fizeram nenhum de certeza. Não, ninguém é a ‘favor’. Muito menos a mãe. É uma escolha radical, a última escolha, a mais dolorosa, a mais triste: aquela que diz, não posso ter este filho, não o posso deitar ao mundo. Imagina-se o que será essa opção para uma mãe??? Acho que só sabe mesmo quem passa por isso. Toda a gente que conheço e abortou tem marcas para toda a vida.
A ligeireza do ‘vou ali e já venho’ essa é falsa, na grande parte dos casos. Infelizmente o discurso de ‘na minha barriga mando eu’ tem esse tom de ligeireza – e desajuda muito.
A minha opinião é que deve ser despenalizado; o resto deve ficar por conta do livre arbitrio de cada mulher.
Como o tema está na ordem do dia (devia-se discutir menos e fazer mais, mas enfim…)acho que já escrevi isto nos comentários de outros que abordaram o tema, mas para ajudar à discussão cá vai: as minhas filhas mais novas têm dez meses de diferença, quando fiquei grávida da 2ªvez(por falha do método de contracepção)toda a gente me disse que eu não podia ter esta filha por todas as razões e mais alguma, inclusive porque durante a gravidez pus a minha saúde em risco, mas eu decidi que ela ia nascer, porque sim, porque podia deixar de trabalhar para ficar com as duas em casa,o meu marido ganhava o suficiente para podermos viver..abdiquei sómente da minha profissão e de acabar o meu curso..se voltasse atrás faria tudo igual…mas quantas vezes penso ..e se não fosse assim???se ele tivesse um mau ordenado, ou não houvesse outra alternativa possivel???era justo eu arriscar a minha vida ou a minha liberdade, ou até o crescimento saudável da 1ª bébé??Parece que muita gente que por aí anda acha que se mudarmos a lei vamos todas virar “abortadeiras”(desculpem-me o termo) dos nossos filhos, ou que algum funcionário judicial vai passar a encaminhar as grávidas ao hospital mais próximo??Acham que é difícil entender que a lei não obriga ninguém, apenas dará condições seguras aos que menos podem e que provávelmente o farão de qualquer modo.É acima de tudo um problema de saúde pública provocado por mentes tacanhas. Mas porque é que os politicos se hão-de preocupar muito, Badajoz fica ali tão perto, não é?.
É o que eu penso, Oldman.
Monalisa, muito obrigada pelo comentário. Assino por baixo. É exactamente a minha opinião.
ainda bem que o ecoou, é informativo e reflexivo. e denota que o festim À volta do assunto é desonesto porque descentrado. até breve