Pensamentos pseudoqualquercoisa e essas merdas
Cada vez que passo em Santo Amaro, à noite, espanto-me sempre com a praia cheia de gente.
Não, o pensamento não é esse. O pensamento apareceu a seguir, quando já tinha passado a praia. Como conclusão, fui mais uns quilómetros à procura de uma palavra. Quando a encontrei, precisei de mais uma. Depois, pareceram-me cagonas demais e fiquei indecisa em utilizá-las. Mais um bocado de estrada e não consegui substituí-las. E, apesar de saber que há pedaços (mais uma vez os enumerei, contando pelos dedos das mãos e excluindo o que não é pedaço mas o tudo-em-realidade-paralela), tenho de ser honesta comigo mesma e escrevê-las aqui: indiferença gelada.
Bom… praia à noite significa beijos, banhos maliciosos, namoros, calor, frio, pulgões, etc, etc. Indiferença é que não. Muito menos gelada.
Começando no ínicio, adoro a Marginal. Acho mesmo que é das Estradas mais bonitas que temos.
Verdade, as praias estão com muita vida mesmo de noite quando o sol trocou com a lua.
Gelada é como ficaria se a esta hora estivesse lá e lembrar que passei muitas noites em rodas de cavaqueira no tempo em que as praias só eram iluminadas pelo luar e pelas fogueiras que por lá acendíamos ao som da viola, não me deixa indiferente, antes saudosamente envelhecida. Acho que aos 14 anos não se tem frio porque a paixão não o deixa entrar.
Beijo
A coisa era a conclusão do pensamento que começou com a vista da praia, não era directamente aplicado à praia. Mas creio que tanto uma como a outra perceberam muito bem. 😉
Antes Santo Amaro que a praia das ratazanas gigantes, na Parede…a praia sabe tão bem à noite. Ai, que saudades das minhas noites de Sesimbra (pensamentos impróprios para publicação!)…
Também tenho a minha dose de praias, Nelson.
Toda a gente tem.;)
Creio que entendi mas não sinto assim ainda hoje. Gosto da praia à noite. Perdão, de madrugada. Só eu, as gaivotas e o nascer do sol. E de preferência muito vento e mar agitado.
Tou aqui tou na praia 😉
Ah só tu (eu) e gaivotas, isso é outra conversa, isso não é indiferença gelada, isso é recordações e ventos e ondas, umas para mergulhar, outras para nos enrolarem, isso é a parte que também tem lugar num dos dedos da mão, e eu não digo que tenho mãos pequenas ou vazias.
Tou a ver que sim, Maré, eu não vou porque não posso.
Ando aqui a estas horas a deambular pela net à procura de um pensamento. Só encontrei duas palavras: madrugada insónica.
PS. Sem praia.
Ás vezes, olhar a praia e ainda mais olhar o mar, desperta em nós um estado de “reflexão melancólica” (que expressão mais estúpida, mas não tinha outra agora), que se nos perguntarem o porquê nem sabemos explicar… Beijinhos
Eu gosto da praia. Não propriamente cheia de gente, e assim. Mas à noite, deserta, é um local bem romântico. Digo eu, que sou apenas um pêlo púbico!
Indiferença gelada – Um termo inflaccionado.
O mais apropriado talvez fosse “recordação gasta”. Mas cada um fala por si, eu sei… 😉
Eu, que nasci a 200 metros da praia, que passei 2/3 da minha infância a caminho e de volta de lá. Apaixonei-me pelo bater das ondas quando ainda não falava e, felizmente, tenho tido a sorte de nunca o deixar de vista (Sesimbra, Sines, Madeira…).
have a break…
have a kit-Cat
😉
Indiferença porque não queres que te entre pelos diques dentro a lembrança do que sentias se lá estivesses agora…eu percebo, faço o mesmo.
Beijinho Cat.
Bom dia a todos.
Um segredo: eu gosto de praia, não gosto é da confusão do verão e de água fria.
Dois segredos: não levar este blog a sério. 😉
Três segredos: para quem leva a sério: é mesmo indiferença e o gelada era a análise que levou a essa conclusão.
Agora que todos já comentaram é que apareço eu….
E muito bem vindo, Mário.